Bloqueio de canal de Suez dá novo impulso a contratos de petróleo
De olho nas dificuldades de logística com o navio encalhado no canal de Suez, os contratos futuros de petróleo voltam a subir nesta sexta-feira. Às 12h13,…
De olho nas dificuldades de logística com o navio encalhado no canal de Suez, os contratos futuros de petróleo voltam a subir nesta sexta-feira. Às 12h13, o petróleo Bent estava registrando alta de 3,50%, com o barril vendido a US$ 64,17. Já o petróleo WTI seguia na mesma esteira, com elevação de 3,94% e preço de comercialização de US$ 60,87.
Autoridades locais enfrentam dificuldades para desencalhar a embarcação Ever Given de 400 metros de comprimento e assistem à formação de uma extensa fila de navios que desejam utilizar a passagem que liga Ásia e Europa. A conclusão do trabalho de liberação do canal pode levar vários dias.
A commodity já havia se fortalecido na terça-feira com a notícia sobre o bloqueio em Suez, mas ontem teve forte correção negativa por preocupações sobre o avanço da pandemia.
"Podemos ficar aqui por dias. Nada está se movendo, e a conversa no rádio é que ficaremos aqui até o fim de semana", disse ao Wall Street Journal Manolis Kritikos, mecânico de um navio-tanque operado pela Grécia preso na hidrovia.
Navios parados na região
De acordo com o site Marine Traffic, que acompanha o trânsito marítimo mundial, mais de 100 navios estão parados nas proximidades de Suez e aguardam o desbloqueio do canal para seguir viagem.
Para além de atrasos nas entregas, circula no mercado o temor de encarecimento de fretes, caso o impasse com o Ever Given não seja resolvido rapidamente.
As transportadoras Maersk e Hapag-Lloyd AG já consideram desviar seus navios pela África, evitando o engarrafamento na hidrovia. "Estamos considerando todas as opções de entrega de carga para nossos clientes, incluindo transporte aéreo, ferroviário e envio de navios pela África do Sul, mas nenhuma decisão foi tomada", disse um porta-voz da Maersk ao Wall Street Journal.
A dinamarquesa Torm AS informa que seus clientes já perguntam quanto custaria para tornar o desvio possível. /com Agência Estado