Economia

BC recolhe R$ 1 milhão em depósitos voluntários, com taxa de 5,15% ao ano

Essa foi a primeira vez que a autoridade monetária realizou a operação

Data de publicação:14/09/2021 às 12:24 - Atualizado 3 anos atrás
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O Banco Central recolheu R$ 1 milhão em depósitos voluntários remunerados das instituições financeiras na véspera. O prazo dos depósitos é de um dia útil e a taxa de remuneração foi de 5,15% ao ano. Essa foi a primeira vez que a autoridade monetária realizou a operação.

Banco Central recolheu R$ 1 mi em depósitos voluntários das instituições financeiras, com taxa de 5,15% ao ano - Foto: Envato

Em julho deste ano, o Congresso Nacional autorizou o BC a recolher depósitos voluntários à vista ou a prazo de instituições financeiras. O instrumento permite a redução das operações compromissadas feitas regularmente pela autoridade monetária para controlar o excesso de recursos na economia.

Atualmente, para manter a Selic no nível definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o BC realiza as chamadas operações compromissadas, em que oferta títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional sob a promessa de recomprá-los no futuro. Esse tipo de operação impacta a dívida pública, diferentemente dos depósitos voluntários.

Inflação

Os investidores acompanham as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que participa de um evento do BTG Pactual. Segundo ele, em sua última participação em encontros antes da próxima reunião do Copom, a autoridade monetária não irá alterar o plano de voo da política monetária a cada número novo de alta da inflação

Ele frisou, no entanto, que a Selic, taxa básica de juros do País, será levada onde for preciso para alcançar a meta de inflação. "Vamos levar a Selic onde precisar, mas não vamos reagir sempre a dados de alta frequência", disse, durante participação em evento do BTG Pactual.

Depois da surpresa negativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto (0,87%), o mercado passou a precificar aumento entre 1,25 ponto porcentual e 1,50 ponto no próximo Copom, neste mês, o que seria uma aceleração do passo ante a última reunião, em que houve alta de 1 ponto.

O presidente do BC afirmou que nunca houve tantos choques de inflação em um período tão curto no Brasil, destacando as surpresas com alimentos, energia elétrica e combustíveis.

Neto reconheceu que a inflação em 12 meses tem rodado bem acima da meta e disse que o BC tem observado os núcleos para verificar a disseminação. / com Agência Estado

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