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Após a Microsoft, Alphabet do Google anuncia corte de 12 mil funcionários

Empresas terão como foco principal investimentos na área de Inteligência Artificial

Data de publicação:20/01/2023 às 04:04 - Atualizado um ano atrás
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Na mesma semana em que a Microsof anunciou a demissão de 10 mil funcionários, a Alphabet, controladora do Google, afirmou nesta sexta-feira, 20, que está cortando cerca de 12 mil funcionários, o equivalente a 6% de sua força de trabalho, segundo a Agência Reuters de notícias. O setor tem suas apostas voltadas no futuro voltadas agora muito mais para produtos de Inteligência Artificial (IA). Com a notícia, as ações da empresa subiram quase 3% nas negociações pré-mercado.

Segundo a reportagem, os cortes ocorrem em um momento delicado para a Alphabet, líder nas principais áreas de pesquisa de IA, que agora terá de enfrentar os desafios da Microsoft no segmento voltado para a criação de qualquer conteúdo a partir de 100% de tecnologia.

Alphabet investirá mais em produtos de Inteligência Artificial - Foto: Divulgação

Preocupações com a recessão americana levaram a Microsoft cortar quase 5% do seu pessoal, colocando como prioridade os investimentos em produtos com Inteligência Artificial. 

Um movimento contrário à realidade vivida pela dona do Google nos últimos dois anos, quando expandiu rapidamente o quadro de funcionários. Ponto que foi ressaltado pelo CEO da Alphabet, Sundar Pichai, no memorando emitido nesta sexta-feira, assumindo “total responsabilidade” sobre a situação, de acordo com a agência de notícias.

Ainda assim, Pichai afirmou que o Google está se preparando "para compartilhar algumas experiências totalmente novas para usuários, desenvolvedores e empresas", e a empresa tem "uma oportunidade substancial à nossa frente com IA em nossos produtos".

A empresa está trabalhando em um grande lançamento de IA, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto à Reuters. Uma das fontes disse que aconteceria ainda no primeiro semestre deste ano.

Susannah Streeter, analista da Hargreaves Lansdown, disse que o negócio de publicidade da Alphabet, que sustenta o mecanismo de busca do Google e o YouTube, não está imune à turbulência econômica.

“O crescimento dos anúncios está em alta, um forte contraste com os dias agitados da reabertura pós-pandemia, que viram um aumento nos gastos do consumidor”, disse ela. A empresa também enfrenta ameaças competitivas e regulatórias, disse ela.

Não ficou claro se a Alphabet assumiria um encargo financeiro único relacionado aos cortes de empregos. Os pacotes de rescisão da Microsoft, consolidação de arrendamento e mudanças na linha de hardware custarão mais de US$ 1 bilhão, disse a empresa no início desta semana.

As demissões da Alphabet seguiram uma revisão de seu pessoal e prioridades, levando a uma redução da força de trabalho que atingiu várias regiões geográficas, disse Pichai. Entre os que perdem seus empregos estão recrutadores, funcionários corporativos e pessoas que trabalham em equipes de engenharia e produtos, acrescentou.

Nos Estados Unidos, onde a Alphabet já enviou e-mails aos funcionários afetados, a equipe receberia indenização e seis meses de assistência médica, além de apoio à imigração.

Uma pessoa que disse que trabalhava no navegador Chrome, do Google, postou no Twitter que havia perdido o emprego mesmo quando assumia uma posição de liderança em um projeto.

No exterior, as notificações de demissão levarão mais tempo devido às leis e práticas trabalhistas locais, disse Pichai no memorando, de acordo com a Reuters.

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