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Ações dos frigoríficos sobem na Bolsa com retomada da importação de carne brasileira desossada pela China

No início de setembro, o Brasil suspendeu voluntariamente os embarques aos chineses de dois casos atípicos do mal da vaca louca

Data de publicação:15/12/2021 às 03:01 - Atualizado 2 anos atrás
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A Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) anunciou que permitirá que as importações de produtos de carne bovina desossada com menos de 30 meses do Brasil sejam retomadas nesta quarta-feira, 15. Com essa notícia, as principais empresa do setor de processamento de proteína com forte atividade no mercado externo na Bolsa vivem um dia positivo no pregão. Às 14h16, as ações da Minerva saltavam 12,77% e as da JBS subiam 3,73%.

Ações da Minerva saltam mais de 12% com retomada das importações de carne bovina desossada pela China a partir desta quarta-feira, 15 - Foto: Minerva/Reprodução

No início de setembro, o Brasil suspendeu voluntariamente os embarques aos chineses, por causa de dois casos atípicos do "mal da vaca louca". Os casos foram identificados em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG) em 4 de setembro.

As autoridades brasileiras, cumprindo o protocolo sanitário que consta no acordo comercial entre os dois países, suspenderam as exportações à China, seu principal parceiro comercial. Entretanto, a carne que já estava nos portos em direção à Ásia continuou a ser exportada, até parte dela ser barrada pela alfândega chinesa.

O protocolo sanitário, que consta no acordo comercial entre os dois países, prevê a normalidade das negociações após investigação dos casos por um laboratório internacional, como foi feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no Canadá.

Brasil: principal fornecedor de carne bovina para a China

O Brasil é o principal fornecedor de carne bovina para a China, atendendo cerca de 40% de suas importações, e os compradores esperavam inicialmente que o comércio fosse retomado em algumas semanas, mas até agora não há uma data para a normalização da atividade.

No mês passado, a Gacc anunciou que aceitaria pedidos de importação de carne bovina brasileira que tenha recebido um certificado sanitário antes de 4 de setembro, ou seja, antes do embargo voluntário do Brasil.

No fim de setembro, o Ministério da Agricultura informou que acompanhava de perto a situação dos frigoríficos, mas que não tinha como definir uma data para o retorno das exportações, uma vez que aguardava a decisão dos chineses.

Em nota, na ocasião, a Pasta afirmou que o Brasil já havia encaminhado todos os documentos solicitados pelas autoridades chinesas e que aguardava a análise das informações enviadas. / com Agência Estado

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