Ações da Lojas Americanas disparam mais de 20% após anúncio de possível fusão com a Americanas S.A
O movimento que alavanca as ações da Lojas Americanas antecede a migração da base acionária para uma nova sociedade com base no exterior
As ações da Lojas Americanas viveram um dia de valorização acentuada nesta segunda-feira, 18, liderando as altas da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Os papéis da companhia dispararam 20,72%, após o anúncio de uma possível fusão das bases acionárias da Lojas Americanas (LAME4) e da Americanas S.A. (AMER3), antiga B2W.
A Americanas S.A. também subiu na Bolsa, mas com menos força, reportando alta de 4,33%.
Em fato relevante enviado ao mercado nesta manhã, a Lojas Americanas informou que estuda a possibilidade, no âmbito de sua reorganização societária e operacional, de unir as duas bases societárias no Novo Mercado da B3. O movimento, ainda de acordo com a companhia, antecede a migração da base acionária para uma nova sociedade com sede no exterior, cujas ações seriam listadas na NYSE (bolsa de Nova York) ou na Nasdaq.
"A análise dessa oportunidade está, no momento, em andamento, em nível operacional, devendo seu resultado, quanto À conveniência e viabilidade jurídica, ser submetido à administração das companhias, para uma decisão que será, se for o caso, levada à oportuna manifestação dos acionistas, não havendo até o momento qualquer decisão a esse respeito, quer quanto à própria reorganização, quer quanto à estrutura jurídica que a mesma poderia tomar", afirma o fato relevante.
Com a notícia, os analistas do Itaú BBA consideram que os papéis da Lojas Americanas, bastante descontados, podem registrar altas expressivas. Os especialistas explicam que, depois da mudança estrutural em que a Americanas S.A. incorporou os ativos operacionais da Lojas Americanas, as ações LAME "tornaram-se empresas de fachada" e apresentam um desconto de holding.
"Com a combinação, acreditamos que o desconto que existe nos papéis vai deixar de existir. Nesse caso, vemos a ação ordinária (LAME3) subindo 40% e a preferencial (LAME4), 31%", escrevem os analistas em relatório.