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Fixação funcional

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:11/11/2019 às 21:58 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é a fixação funcional?

A fixação funcional é um tipo de viés cognitivo que nos dá a tendência de, como seres humanos, apenas utilizar os produtos e serviços como são convencionalmente utilizados. 

É ela que explica o porquê de não usarmos os itens de forma mais eficiente e/ou barata, tendo sido inicialmente estudada (e recebido esse nome) por conta das pesquisas realizadas pelo psicológico Karl Duncker.

Como a fixação funcional funciona?

Foi Duncker, aliás, o responsável que criar e implementar o primeiro experimento totalmente dedicado a atestar a existência da fixação funcional. Nele, um grupo de pessoas eram convidadas a cumprir uma missão: usando um kit de ferramentas limitado (composto por uma vela, uma caixa de tachinhas e uma caixa de fósforos), elas deveriam prender a vela na parede, de modo que uma vez acesa a sua cera não pingasse na mesa onde estavam sentados.

Você já encontrou a melhor solução? Poucas encontraram. 

Naquela situação, a resposta mais rápida e eficiente seria esvaziar a caixa de tachinhas, fixar a vela a ela com um pouco de cera e, então, prender a caixa na parede. Assim, toda a cera ficaria depositada na caixa.

Por que as pessoas tiveram tanta dificuldade em estabelecer essa estratégia? Porque, enquanto quebravam a cabeça para cumprir a missão, os seus cérebros via a caixa de tachinhas apenas como um local de armazenamento. Ou seja, apenas as tachinhas eram funcionais; a caixa, não.

Trazendo para o seu cotidiano, imagine que você vislumbrou um belo pedaço de carne bovina no açougue. Antes de comprá-lo, você cria uma breve e rápida lista mental de todas as receitas que gostaria de preparar com aquele ingrediente: ensopados, bifes, assados e até recheios para pães. 

Em nenhum momento você pensa em colocar aquela carne no bolo de chocolate ou no trifle (a não ser que você seja a Rachel Green), usá-lo hoje à noite no lugar do seu travesseiro ou substituir as suas roupas por ele.

Simplesmente não faz o menor sentido.

Podemos concluir, então, que a fixação funcional tem origem na padronização mental (isso é para x, aquilo é para y) e na tentativa do cérebro de nos impedir de usar os produtos para fins que não são os mais indicados. Já imaginou se os nossos antepassados resolvessem usar uma folha de bananeira para se aquecer no inverno? Eles provavelmente morreriam de frio.

Assim, ao menor sinal de vento gelado, eles já são naturalmente atentados para procurar itens para aquecê-los. Quanto mais automático for o processo, melhor para o cérebro, que gasta menos energia. Então, olhando ao redor: 

  • ❌ Folha de bananeira
  • ✅ Pele de um animal 

Podemos supor, inclusive, que foi a partir desse processo que o pelo da ovelha deixou de ser visto como a cobertura corporal de um bicho para passar a matéria-prima têxtil. 

Como a fixação funcional afeta as suas finanças?

Essa é uma pergunta simples de se responder.

Se você possui um produto e não o utiliza por completo (porque nunca pensou nas funcionalidades extras que ele tem ou pode vir a ter), é desperdício de recursos.

Se você compra um produto novo, mesmo já tendo um que atenderia àquela necessidade perfeitamente bem, é desperdício de recursos.

Se você poderia ter uma ideia única no trabalho que te renderia um faturamento ou um salário maior, mas não tem porque está preso no pensamento enviesado, é desperdício de recursos.

E para que não restem dúvidas, quando falamos em desperdício de recursos queremos principalmente dizer, em alto e bom som, desperdício de D-I-N-H-E-I-R-O. 

Sempre que você se rende à fixação funcional e não exercita o seu repertório, em busca de possibilidades de inovação, o seu capital presente e/ou futuro é diretamente comprometido. E não tem folha de bananeira que o substitua, acredite!

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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