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Oferta Pública Continuada
Renda Variável

O que é Oferta Pública Continuada? Vale ou não a pena?

Se você está lendo esse artigo provavelmente você já deparou-se com algumas das principais siglas no mercado financeiro: CRA, LCA, CDB e etc. É uma sopa…

Data de publicação:18/03/2019 às 14:39 -
Atualizado 4 anos atrás
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Se você está lendo esse artigo provavelmente você já deparou-se com algumas das principais siglas no mercado financeiro: CRA, LCA, CDB e etc. É uma sopa de letrinhas interminável.

Já comentamos em alguns artigos anteriores sobre o processo de IPO (Oferta Pública Inicial) que é uma das siglas mais importantes no mercado financeiro, tanto para a renda variável, quanto para a renda fixa. É a sigla que marca o nascimento de um investimento.

No artigo de hoje vou me a aprofundar em um mecanismo que facilita o processo de nascimento dos investimentos que é a Oferta Pública Continuada.

E olha que essa ferramenta tem facilitado muito a minha vida.

Por isso, continue lendo para saber mais sobre:

O que é IPO

O que é IPO

Antes de entender o que significa a sigla IPO, é importante compreender que ela é um processo de investimento e não um objetivo final. Como já comentamos no Mais Retorno o IPO é uma sigla em inglês para initial public offering, ou em tradução livre, oferta pública inicial.

No processo de oferta pública inicial a companhia realizará os procedimentos operacionais para colocar a disposição dos investidores títulos vinculados às suas empresas. Ou seja, trata-se de uma emissão por empresas dentro do mercado financeiro com o objetivo de captar novos recursos para seus objetivos.

Imagine que você seja o dono de uma companhia que possua o interesse de expandir os negócios, e para isso precise de aumento de recursos para implementar as mudanças necessárias.

Você possuirá algumas alternativas para essa expansão, entre elas será:

  • Ir ao banco e solicitar um empréstimo padrão. Nesse caso as taxas de juros desse empréstimo serão bastante altas;
  • Permitir a entrada de novos sócios investidores na sua empresa. Provavelmente você abdicará da autonomia total do projeto;
  • Bater na porta da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e dizer que você deseja captar recursos através dos investidores nos quatros cantos do Brasil.

Parabéns, na última alternativa você acaba de iniciar um processo de Oferta Pública!

Mas como você já deve conhecer a cultura brasileira, a palavra burocracia deveria estar estampada na nossa bandeira junto de “Ordem e Progresso”.

Nos últimos anos, eu recebi muitos relatos de investidores que tiveram experiências negativas em ofertas públicas.

Em uma delas, um investidor que tinha gostado muito da emissão de uma empresa, resgatou todo o dinheiro que ele tinha disponível e foi até a corretora informar que gostaria de participar da oferta pública.

Após preencher os termos e regulamentos da oferta, ele precisou definir a remuneração que estava buscando naquela aplicação, em qual das emissões iria participar e o valor que desejava aplicar.

Após 20 dias ele recebeu a informação da corretora que a reserva não tinha sido aceita na íntegra. Ele tinha solicitado uma remuneração superior ao que a empresa estava disposta a remunerar os investidores e, por isso, a empresa disponibilizou apenas metade da remuneração que ele pensou que iria receber. Além disso, do total que ele queria investir, apenas 60% foram convertidos de fato nos títulos.

Perceba que são várias etapas até que você consiga ter certeza de quanto será o seu investido.

Mas por que isso acontece? Por que temos essa oscilação das condições de uma oferta pública?

Complexidade das Ofertas Públicas

Complexidade das ofertas publicas

As incertezas de uma oferta vão desde a quantidade que você irá investir na companhia até os rendimentos do investimento. A indefinição do investimento é consequência da principal lei da economia: Oferta e Demanda.

A influência da Oferta e a Demanda no preço dos ativos é um dos assuntos mais importantes no mercado financeiro e é um assunto que vamos abordar mais para frente aqui no Mais Retorno.

No momento, você só precisa saber que o aumento da demanda de um investimento faz com que ele se torne cada vez mais escasso.

Afinal, em uma oferta pública existe um valor máximo que a companhia precisa gerar para o seu objetivo de expansão. Além disso, a empresa também possui o desejo de pagar a menor remuneração possível por esse dinheiro.

Quando uma companhia é muito bem vista pelos investidores, um número grande de pessoas desejam investir nela. Consequentemente, o valor máximo de recursos que a companhia deseja captar ficará cada vez mais concorrido entre esses investidores.

Isso quer dizer que se houver um grande número de investidores que queiram investir em uma mesma oferta pública, a empresa emissora reduzirá a remuneração que ela está disposta a pagar, até chegar a um ponto de equilíbrio no qual os investidores e a companhia estão dispostos a fecharem negócio.

Resumindo o economês: esse processo de oferta e demanda funciona como um cabo de guerra entre o investidor e a companhia e ocorre durante um tempo definido (o prazo da oferta) pelo “juíz” (o coordenador da oferta).

Portanto, até que as condições de remuneração e volume de reserva sejam definidas na oferta, o investidor pode acabar tendo surpresas negativas, de forma que pode se frustrar diante de um investimento menos interessante do que se imaginava.

E como o mercado está resolvendo esse problema? Através das Ofertas públicas continuadas.

O que é Oferta Pública Continuada

O que é Oferta Pública Continuada

Como mostrei para você, o processo de oferta pública pode ser bastante cansativo e excessivamente complicado para o investidor de primeira viagem no mercado.

Para facilitar essa longa batalha de “cabo de guerra” entre o investidor e a companhia, nos últimos anos tem tomado espaço nas principais instituições financeiras do Brasil as ofertas públicas continuadas.

As ofertas públicas continuadas são facilidades disponíveis em alguns processos de emissões em que o investidor tem a oportunidade de participar de emissões de títulos de uma maneira muito mais simples, conseguindo uma previsibilidade maior do seu investimento desde o primeiro momento.

Uma das principais dificuldades que listei na oferta pública tradicional é a exposição às variações de oferta e demanda na decisão de rendimentos e volume da aplicação. No processo de oferta pública continuada essa dificuldade é deixada de lado e a companhia, no momento de colocar no mercado o seu título, já deixa claro desde o momento inicial a taxa de remuneração que aquele investimento pagará.

Nessa categoria de oferta, o investidor não precisará estimar a remuneração que empresa definirá no final do período de reserva. Basta registrar a quantidade que deseja aplicar e aguardar a sua execução pela corretora.

Não faz muito tempo, eu auxiliei investidores do Mais Retorno em uma oferta pública continuada. Após esses investidores informarem que tinham o interesse de investir nessa oferta pública e definirem o valor do investimento, levaram apenas 3 dias para o dinheiro já estar rendendo em suas contas.

Simples assim, sem dor de cabeça.

Conclusão

A Oferta Pública Continuada é uma ótima maneira de participar da emissão de títulos de companhias no mercado financeiro, sem ter as preocupações de variações que um processo padrão pode gerar para o investidor.

Por ser uma maneira de investimento mais simples e rápida, atualmente tem sido a forma de maior captação das empresas no mercado financeiro.

Assim como na oferta pública tradicional, esse modelo de emissão possui os riscos de uma operação primária, contando com todas as características das emissões comuns.

O principal benefício da oferta pública continuada é saber exatamente quanto você aplicará e qual será a sua remuneração por aquele investimento.

Se ficou com alguma dúvida adicional ou quer contribuir mais com o assunto, comente abaixo!

Compartilhe esse conteúdo com mais investidores que você deseja ajudar a conquistar Mais Retorno conhecendo o processo de oferta pública continuada.

Sobre o autor
Matheus Luca
Membro assíduo das mais respeitadas ligas de mercado financeiro do país, é entusiasta das transformações que a educação financeira e o investimento inteligente podem trazer na vida das pessoas. É especialista em investimentos no Mais Retorno e profissional certificado pela CVM.

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