Zona do Euro
O que é a Zona do Euro?
A Zona do Euro é um termo utilizado para designar o conjunto dos países que, como membros da União Europeia, decidiram pela criação e circulação de uma única moeda.
A Zona do Euro existe desde 1999 e tem as suas políticas monetárias definidas pelo Banco Central Europeu (BCE).
É importante salientar que, mesmo tendo sido criado com o objetivo de agregar todos os países que compõem a União Europeia, apenas uma parcela aceitou integrar o bloco.
Entre eles estão: Alemanha, Bélgica, Malta e Portugal.
Como a Zona do Euro foi criada?
Após a Segunda Guerra Mundial, inúmeros tratados foram assinados com o intuito de aproximar econômica e comercialmente os países europeus.
Entre eles, um dos mais famosos fora o Tratado de Roma, de 1957, que instituiu a política de livre circulação agrícola e o mercado comum.
Contudo, apenas em 1990 uma União Econômica Monetária, para livre circulação de capital, cooperação entre os bancos centrais e fixação das taxas de câmbio.
Foi um grande passo para um sistema de cooperação o que culminaria na União Europeia, em 1992.
Já em 1999, é lançado o euro. O seu objetivo era (e ainda é) se aproveitar de uma série de vantagens que a instituição de uma moeda única confere ao bloco.
Entre elas, a partilha do prestígio monetário, anteriormente “monopolizado” pelo Dólar, no mercado financeiro.
Quais países fazem parte da Zona do Euro?
Ao todo, 19 países compõem a Zona do Euro atualmente:
- Alemanha;
- Áustria;
- Bélgica;
- Chipre;
- Eslováquia;
- Eslovênia;
- Espanha;
- Estônia;
- Finlândia;
- França;
- Grécia;
- Itália;
- Letônia;
- Lituânia;
- Luxemburgo;
- Malta;
- Países Baixos;
- Portugal;
- República da Irlanda.
Mas atenção! Existem algumas nações não listadas, como Mônaco e Montenegro, que também utilizam o euro como moeda oficial.
Isso se dá porque, embora o uso do euro seja um requisito para pertencer a Zona do Euro, ser membro da União Europeia também o é.
Quais são as vantagens ligadas à Zona do Euro?
A criação de uma moeda única para os países da União Europeia não é resultado de um mero senso de união e fraternidade.
Existem grandes oportunidades ligadas à circulação de uma única moeda.
A nível nacional, uma moeda forte é um importante fator para a prosperidade econômica.
Hoje, o Euro já é a segunda moeda mais transacionada do mundo. Na Europa, só é menos valorizada do que a libra esterlina, se consagrando como a 6° moeda mais valorizada do mundo.
Ou seja, o seu uso aumenta o poder de negociação do país, assim como a possibilidade de alcançar resultados positivos na balança comercial.
Além disso, as trocas entre os países, de produtos a serviços, propiciam o desenvolvimento tecnológico e social.
A nível individual, os cidadãos residentes na Zona do Euro, contam com uma oferta maior de produtos (decorrente daquelas trocas facilitadas) e com a extinção das onerosas taxas de câmbio.
Quais são as desvantagens de se integrar a Zona do Euro?
Nem tudo são flores: já dizia a sua avó.
A verdade é que integrar a Zona do Euro traz, sim, muitos benefícios para as nações, como pudemos ver.
No entanto, precisamos discutir também o outro lado da moeda (literalmente).
Uma política monetária internacional afeta a capacidade dos países de definirem estratégias mais alinhadas com as suas necessidades internas.
O que pode acontecer, por exemplo, é de medidas serem acordadas entre os membros do grupo entrarem em atrito com a política fiscal de apenas um deles. Nesse caso, o último (como voto vencido) é obrigado a se render diante dos interesses dos demais.
Outro ponto a se considerar é a manipulação da moeda como forma de incentivar a economia.
Se não integrasse nenhuma união monetária, o país poderia valorizar ou desvalorizar a própria moeda para impulsionar o turismo, o comércio etc., conforme o seu desempenho individual.
Ao entrar na Zona do Euro, ele abre mão dessa autonomia e independência, o que nem sempre é favorável ao seu desenvolvimento.