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White Paper

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:13/03/2019 às 09:27 - Atualizado 6 anos atrás
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O que é White Paper

O White Paper, cuja tradução livre é “relatório branco”, tem as suas origens no meio político. Ele é um documento emitido por um órgão legislativo para defender a adoção de determinada política pública como solução para um problema enfrentado pela sociedade.

Em órgãos supranacionais, tais como a Comissão Europeia, o White Paper consolida as ações propostas pelos vários comitês nos assuntos de seu interesse: regulamentação, execução do orçamento e implementação de novas políticas.

Quais as outras finalidades de um White Paper?

Tendo o seu conceito adaptado para o mundo empresarial, esse tipo de documento ganhou novas finalidades, igualmente informativas:

  • Enaltecer as qualidades de um produto;
  • Informar os resultados de projetos sociais desenvolvidos por Organizações Não Governamentais (ONGs);
  • Promover conceitos relacionados a novas tecnologias;
  • Divulgar informações levantadas a partir de centros de pesquisa.
  • Dessa forma, pode-se dizer que ele se tornou uma ferramenta de Marketing de Conteúdo para:
  • Esclarecer dúvidas e oferecer soluções;
  • Mediante a apresentação detalhada sobre um determinado tema;
  • De forma que o leitor possa se educar;

Para facilitar a sua tomada de decisão.

Portanto, ele não deve ser confundido com um material promocional comum ou com os documentos de pós-venda (manual do usuário ou manual de especificações técnicas).

Assim, seu interior pode conter qualquer um dos 3 formatos:

  • Vantagens competitivas: de cunho empresarial, auxilia gestores da alta cúpula a entender o impacto de temas atuais nos seus negócios (desenvolvido por consultorias);
  • Vantagens técnicas: para a disseminação do conhecimento entre gestores responsáveis pela contratação de serviços técnicos (desenvolvido por associações setoriais);
  • Uma combinação dos dois: para atender empresas de médio e pequeno porte.

Qual a estrutura de um White Paper?

Espera-se de um White Paper certo rigor no seu nível de especialização, de forma a transmitir a devida autoridade em determinado assunto, tornando-o semelhante a um trabalho acadêmico.

Apesar de ser baixado pela internet da mesma forma que um e-book (mediante o cadastro de um endereço de e-mail), ele possui uma estrutura mais completa:

  • Capa;
  • Índice;
  • Sumário executivo;
  • Introdução;
  • Detalhamento do tema;
  • Exemplos de casos de sucesso;
  • Conclusão.

Qual a finalidade de um White Paper em uma Oferta Inicial de Moedas (ICO)?

A Oferta Inicial de Moedas (Initial Coin Offering - ICO) é uma forma de captação de recursos muito utilizada por startups. Semelhante à Oferta Pública de Ações (Initial Public Offering - IPO), ela permite investir em novas tecnologias.

Nesse caso, o White Paper conterá os detalhes sobre:

  • O projeto a ser financiado: base tecnológica, capacitação da equipe, protocolos utilizados;
  • Sua aplicabilidade no mundo dos negócios;
  • Estimativas de crescimento;
  • Existência de milestones: os valores são liberados à empresa em parcelas, conforme determinados “marcos” são alcançados;
  • O valor unitário da moeda (token);
  • Os benefícios esperados.

Ele ainda indicará o tipo de moeda a ser comercializada:

  • Utility Token: dá acesso aos recursos da plataforma, seja por meio de uma licença de uso, seja por meio de créditos;
  • Asset Token: tal como uma ação, oferece uma participação no projeto, dando direito à parte dos lucros gerados.

Assim, companhias nascentes esperam se capitalizar sem as amarras exigidas pelos fundos de Venture Capital (fundos especializados em empresas de tecnologia).

O investidor, por sua vez, busca uma forma simples (via internet) de apostar em tecnologias bastante promissoras, algo que não era possível quando surgiram as grandes empresas de internet como Amazon e Facebook.

Nesse sistema, ele participa da fase de pré-lançamento; o valor a ser aportado sobe conforme se aproxima a data final da oferta. Uma vez encerrado o prazo, os tokens são comercializados em bolsas específicas (exchanges), permitindo a conversão das moedas adquiridas na fase anterior para que possam ser vendidas aos outros participantes.

Sobre o autor
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