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União Monetária

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:26/06/2019 às 04:10 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é a União Monetária?

Quando diferentes países compartilham dos mesmos interesses políticos e econômicos, eles podem decidir pelo uso de uma mesma moeda. A esse fenômeno dá-se o nome de União Monetária.

Esse processo não é tão simples quanto parece em um primeiro momento, pois normalmente não se trata apenas de um nivelamento financeiro, mas também de um acordo político e social.

Importante deixar claro que a União Monetária não obriga que exista uma extensão ao nível político, mas essa acaba sendo, por regra, uma consequência comum.

O caso mais conhecido é, sem dúvida, o Euro. Essa é a moeda utilizada por parte importante da Europa e sua região é delimitada pelo que se chama de Zona do Euro.

O que é a Zona do Euro?

Para que você entenda o reflexo prático dos impactos de uma União Monetária, vamos pegar esse exemplo da Zona do Euro e trazer algumas das consequências do acordo feito entre países.

Essa é a área em que o Euro é definido como moeda oficial. São 19 países dentro do acordo, sendo eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda (Países Baixos), Portugal e Irlanda.

Nesses países, há reflexos políticos e sociais. Entre eles a livre circulação de pessoas e acordos entre bancos centrais, por exemplo. As políticas monetárias são definidas pelo Banco Central Europeu.

A ideia inicial da criação do Euro, feita em 1999, era fortalecer a região e ganhar força econômica para competir com o Dólar, que é até hoje a consolidada e forte moeda norte-americana.

Quais são as vantagens de uma União Monetária?

A União Monetária é importante na medida em que pode fortalecer uma moeda, tornando-a mais competitiva. Isso, em um mundo globalizado e capitalista como o atual, é uma enorme força competitiva.

Quando o acordo funciona bem (e é o caso do Euro na medida em que é considerada uma das principais moedas atuais), os países envolvidos beneficiam-se com ganho de poder em negociações.

Esse cenário de fortalecimento econômico costuma trazer outras vantagens para a própria população como estabilidade econômica, melhor oferta de produtos e uma crescente nas oportunidades de emprego.

Além disso, elimina-se a necessidade das taxas cambiais — custo relativo à equivalência monetária de moedas distintas. Como consequência, há uma tendência de redução das taxas de juros no longo prazo.

Quais são os riscos de uma União Monetária?

Em uma União Monetária, alguns riscos acabam aparecendo. Um deles é a perda do controle monetário, afinal as diretrizes são definidas pelo Banco Central Europeu — e não por um país individualmente.

A perda de autonomia, portanto, é a principal questão. Isso pode ser grave em casos de necessidades internas que não se repitam em outros locais do acordo e dificulte o atendimento.

Não há muito o que fazer em relação à moeda caso o governo nacional entenda que precisa de alguma ação para incentivar empregos ou estimular o turismo, por exemplo.

Além disso, existe um risco de oportunidade em relação ao sucesso da União Monetária. Citamos o Euro como exemplo positivo, mas e se tudo desse errado?

As consequências econômicas seriam severas, pois nesse processo ocorre a desvalorização da moeda interna. Assim, retomar o cenário antigo poderia ter alto custo.

Outros exemplos de União Monetária

Apesar de ser o mais famoso, o Euro não é o único exemplo de União Monetária atual. Temos outros dois casos: Franco CFA e Dólar do Caribe Oriental.

Franco CFA

É a moeda compartilhada por 14 países africanos. No entanto, tem a particularidade de ser dividida em duas versões diferentes. Elas apresentam o mesmo valor monetário, mas não são aceitas nos países que usam do outro modelo. Esses são os grupos:

  • Franco CFA Ocidental: usada em Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo.
  • Franco CFA Central: usada em Camarões, Chade, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República do Congo.

Dólar do Caribe Oriental

É a moeda oficial utilizada em países do Caribe como Anguille, Antígua & Barbuda, Montserrat, Dominica, Granada, São Vicente & Granadinas, São Cristóvão & Nevis e Santa Lúcia. Embora o nome seja de Dólar, é uma moeda bem enfraquecida em relação à versão norte-americana.

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