TIRM
O que é TIRM?
A Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM), assim como a Taxa Interna de Retorno (TIR), é usada para analisar a viabilidade econômica de um projeto, permitindo que os investidores saibam quais ações garantirão maiores rendimentos financeiros.
É, portanto, uma ferramenta de análise de viabilidade de empreendimentos futuros, que transforma fluxos de caixa negativos em valor presente líquido e fluxos de caixa positivos em valor futuro.
Assim, os investimentos realizados pela empresa para dar viabilidade a um projeto serão descontados do custo de capital. Esse valor leva em conta ainda a inflação, os juros de empréstimos e a taxa livre de risco.
Quais as vantagens da TIRM?
O TIRM permite verificar qual porcentagem do lucro obtido com um empreendimento deverá ser reinvestida no projeto. Para isso, o ideal é usar a TMA (Taxa Mínima de Atratividade).
A ferramenta é muito utilizada por gestores e oferece algumas vantagens como:
Analisa o custo de capital
Muitas empresas precisam tomar um empréstimo para garantir a viabilidade de um projeto. Suponha que a taxa de juros desse contrato seja de 2% ao mês. A TIR convencional não incluiria esse custo na análise de viabilidade do projeto — nesse caso, o ideal é usar a TIRM.
A Taxa Interna de Retorno Modificada permite que os gerentes de projeto alterem a taxa de crescimento presumida de cada estágio de um projeto. O método mais comum é inserir o custo médio estimado, mas há flexibilidade para adicionar qualquer taxa de reinvestimento.
Estabelece a taxa de reinvestimento
Diferente da TIR, na qual os fluxos de caixa positivos são reinvestidos na própria TR, na TIRM os empreendedores determinam a taxa de reinvestimento que será utilizada. Em geral, utiliza-se a TMA.
Desvantagens da TIRM
A TIRM apresenta algumas desvantagens. Não se deve utilizá-la quando a taxa de reinvestimento e a taxa de retorno de um investimento forem iguais. O método também não deve ser aplicado quando não se conhece a taxa de reinvestimento ou o custo de capital.
Exemplo de TIRM e de TIR
Viabilidade de empreendimentos imobiliários
Muitas vezes, uma construtora vende apartamentos ainda na planta, ou seja, antes que a construção tenha sido finalizada.
Nesse caso, o capital recebido é usado para pagar os gastos iniciais da construção. Ou seja, o fluxo positivo é reinvestido na própria TIR. Essa ferramenta, portanto, é a ferramenta mais indicada para analisar a viabilidade de projetos da construção civil e não a TIRM.
Viabilidade de concessões rodoviárias
Em grandes obras de engenharia, como rodovias e viadutos, há um grande aporte financeiro no inícios dos projetos, ou seja, o investimento inicial é bastante significativo. No entanto, durante esse período não há fluxo positivo já que não existe cobrança de pedágio.
No entanto, após o término da obra que é marcado pelo fim dos investimentos iniciais, os fluxos positivos começam a ser gerados. Esse valor não será integralmente reinvestido na construção uma vez que ela já foi finalizada.
Assim, a taxa de reinvestimento deve ser estimada de acordo com os valores recebidos com a cobrança de pedágios, que muitas vezes são destinados a outros projetos da empresa e não ao próprio projeto.
TIR ou TIRM?
Para escolher em qual projeto investir é preciso escolher uma ferramenta de avaliação de viabilidade: TIR ou TIRM.
Já que os métodos resultam em taxas diferentes o ideal é escolher o que melhor traduza a realidade do empreendimento de modo a garantir maiores taxas de retorno.