Teoria Quantitativa da Moeda
O que é a Teoria Quantitativa da Moeda?
A teoria quantitativa da moeda é uma tese econômica que faz a relação da variação de preços de uma economia com a quantidade da moeda em questão disponível. É pela sua base que especialistas conseguem saber que, sempre que houver uma emissão muito elevada de moeda — que supere o aumento do produto — causará inflação.
Por mais que essa possa parecer uma teoria recente, esse cenário já podia ser percebido durante o século XVI, quando havia grandes entradas de prata e ouro nos países europeus. Esses materiais, que eram levados das Américas, acabavam se transformando em mais moeda em circulação.
Desenvolvida ao longo dos anos, a teoria quantitativa da moeda faz parte de áreas da ciência econômica — como a macroeconomia e a economia monetária — e é amplamente defendida pelos economistas monetaristas. Já a sua oposição é feita a partir dos defensores das economias keynesianas.
Como funciona a Teoria Quantitativa da Moeda?
O primeiro passo para saber como a teoria quantitativa da moeda funciona é entender como os níveis de preço funcionam. É essa medida que definirá um patamar para os preços tanto de produtos quanto de serviços em um determinado período.
Esse nível de preços, de acordo com a teoria, é proporcional à quantidade de moeda existente na economia de um país. Quando ocorre um aumento da oferta dessa moeda, existe um aumento no nível dos preços, o que causa inflação.
A equação quantitativa da moeda, nesses casos, é utilizada para identificar melhor essa relação descrita acima. A fórmula é:
M x V = P x Y
Os componentes descritos nessa equação podem ser descritos como:
- M é a quantidade de ativos líquidos que estão disponíveis logo no período para realizar as transações econômicas — ou seja, a moeda;
- V é a velocidade na qual a moeda circula dentro da economia;
- P é o nível geral dos preços na economia em questão;
- Y é, finalmente, a atividade econômica — que pode ser medida pelo PIB real.
A situação na qual o aumento dos preços é uma realidade é utilizada pela teoria quantitativa da moeda para exemplificar a inflação como sendo uma causa monetária. Se a quantidade de moeda dobrar de um período a outro, por exemplo, os consumidores passam a notar o mesmo acontecendo com o nível de preços.
Quais são os efeitos de desequilíbrio monetário na Teoria Quantitativa da Moeda?
Partindo da hipótese em que uma economia estava com a quantidade de moeda local em equilíbrio e que o, mesmo assim, o Banco Central ofertou mais moeda e nada mais mudou nessa economia em questão. O que será que aconteceria depois?
O primeiro fato é que as pessoas teriam mais moeda em mãos imediatamente e não teriam mais incentivos para aplicar esse dinheiro. O que restaria à população seria utilizá-lo para consumir cada vez mais. No entanto, nesse caso, a produção do país teria continuado a mesma.
De uma maneira um pouco mais simples de ser entendido, o que aconteceria seria o seguinte: a demanda para os produtos aumentaria, mas a capacidade de produção deles continuaria a mesma. O resultado, então, seria um aumento geral dos preços, a famosa inflação. Ela, por sua vez, exigirá uma quantidade ainda maior de moeda para cada indivíduo conseguir fazer uma transação.
O resultado seria um aumento de demanda por moeda até essa economia conseguir chegar em um novo equilíbrio de oferta e demanda de moedas. Dessa forma, a quantidade de moeda disponível em uma economia, segundo a teoria quantitativa da moeda, determina o valor que essa moeda tem. Assim, o crescimento dela é a principal causa de inflação.