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Teoria Malthusiana

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:24/05/2019 às 19:19 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é a Teoria Malthusiana?

Ela surgiu a partir da obra “Ensaio sobre o Princípio da População” (1798), de Thomas Malthus, filósofo e economista inglês do século XVIII.

A Teoria Malthusiana, que tratava dos impactos demográficos sobre a economia, fundamentava-se no seguinte conceito:

O crescimento populacional ocorria em progressão geométrica, dada a fecundidade humana, enquanto o crescimento na produção de alimentos ocorria em progressão aritmética, dados os recursos presentes na sociedade.

Com farta evidência estatística para os seus argumentos, o que Malthus mostrava era que a utopia, condição de pleno desenvolvimento, nunca seria alcançada visto que o ser humano era menos racional do que se imaginava.

Diante de uma condição de maior abundância, a população se reproduzia ao invés de manter o bem-estar alcançado. Portanto, a humanidade estaria condenada a uma situação de eterna escassez, representada pelas doenças e pela fome.

O que a Teoria Malthusiana falhou em prever foram os avanços tecnológicos e científicos que passaram a ser adotados em larga escala nos campos após a Revolução Industrial, tais como a melhor conservação do solo, o combate às pragas e as técnicas de irrigação.

Nem por isso ela perdeu a sua importância, influenciando o Keynesianismo no século XX.

Qual foi a principal contribuição da Teoria Malthusiana?

Os estudos demográficos se tornaram mais comuns a partir do mercantilismo, pensamento econômico que vigorou entre os séculos XVI a XVIII.

Em uma época em que a atividade era coordenada pelo Estado e buscava-se a criação de governos economicamente fortes, o crescimento populacional fazia bastante sentido:

  • Para efeitos de militarização, o que fortalecia as nações frente aos seus pares;
  • Para efeitos econômicos. Uma população numerosa representava um baixo custo econômico, desde que mantida em condições de subsistência. Isso permitia ganhar competitividade para exportar o máximo possível, aumentando o estoque de metais preciosos.

Nesse modelo, bastava que houvesse uma grande população para que se gerasse riqueza.

Foi no início do século XVIII que surgiram as primeiras preocupações em relação à capacidade de se suprir adequadamente um enorme contingente de pessoas.

A Teoria Malthusiana se aplica aos dias de hoje?

Atualmente a Teoria Malthusiana tem relação com pelo menos duas questões:

Alterações Demográficas

Pelas projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), a população em idade para trabalhar vai encolher em 5% já em 2050, enquanto o número de pessoas com mais de 65 anos vai crescer de forma mais acentuada.

Isso reflete dois fatores bastante comuns na sociedade moderna:

  • Maior expectativa de vida;
  • Queda da fertilidade, justamente o oposto do que pregava Thomas Malthus.

Apesar dos avanços no padrão de vida, não seremos afetados pela fome ou doenças. As preocupações são de outra natureza: sem trabalhadores ou clientes suficientes, a economia cresce em um ritmo menor.

Com a mudança demográfica, novos paradigmas estão se apresentando. A questão não é mais se a humanidade consegue se alimentar de forma sustentável. O problema agora é como manter os benefícios sociais, já que existem menos pessoas produzindo. Assuntos controversos, como receber imigrantes para suprir a mão de obra jovem, é um dos temas da atualidade.

Mesmo a “catástrofe Malthusiana” não tendo se materializado, muitos países ainda lutam para garantir os benefícios do desenvolvimento econômico de forma mais homogênea, favorecendo os fluxos migratórios.

Alterações Climáticas

Mesmo assim, outros problemas podem surgir em breve.

Em 2015, 190 países assinaram o Acordo de Paris com a finalidade de implementar iniciativas para minimizar as mudanças climáticas, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa em aproximadamente um terço até 2030.

De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), um aumento de temperatura global de 4oC sobre os níveis pré-industriais pode levar a propagação de doenças e menor segurança alimentar, entre outros fatores extremos.

O problema é que a sociedade não se encontra preparada para arcar com os custos. Uma das ideias mais adiantadas para se mitigar os efeitos do aquecimento global é taxar o conteúdo e a emissão de carbono, aumentando os preços de todos os combustíveis fósseis.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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