Teoria do crescimento endógeno
O que é Teoria do Crescimento Endógeno?
A Teoria do Crescimento Endógeno é um conceito que argumenta que o crescimento econômico é gerado dentro de um sistema como resultado direto de processos internos. Mais especificamente, ela observa que a valorização do capital humano de qualquer país o levará ao desenvolvimento na economia através de novas formas de tecnologia e meios de produção eficazes.
Uma nova perspectiva foi desenvolvida com o surgimento dessa teoria. Isso porque ela argumentou que uma taxa persistente de prosperidade é influenciada por processos como inovação e desenvolvimento de capital humano e não forças externas incontroláveis — o que desafiou os pontos de vista da época.
Como a Teoria do Crescimento Endógeno surgiu?
A Teoria do Crescimento Endógeno foi criada por conta das deficiências e da insatisfação com a ideia de que fatores exógenos — ou externos — determinavam o crescimento econômico a longo prazo. Em particular, foi estabelecida para refutar todos os modelos neoclássicos desse tipo de crescimento, já que ele só fazia previsões sobre a expansão econômica sem levar a mudança tecnológica em consideração.
Sendo assim, essa teoria desafia essa ideia e dá importância total ao papel dos avanços tecnológicos. Isso porque, uma vez que o crescimento econômico de longo prazo é derivado da taxa de crescimento da produção econômica per capita, ele dependeria dos níveis de produtividade.
Por sua vez, a produtividade dependeria totalmente do avanço da mudança tecnológica — que conta com inovação e capital humano. Todos esses fatores são considerados internos a uma economia e não externos, como vindo sendo tratados até então.
O que a Teoria do Crescimento Endógeno defende é que, em uma economia baseada no conhecimento, os efeitos colaterais dos investimentos feitos nas pessoas e em tecnologia continuem gerando retornos. Os setores influentes com base nesse conhecimento, como os de software, telecomunicações e outras indústrias de alta tecnologia desempenham um papel muito importante nesse cenário.
Quais são as suposições da Teoria do Crescimento Endógeno?
Uma das primeiras suposições da Teoria do Crescimento Endógeno é de que os economistas que acreditam nela enfatizam a necessidade do governo em fornecer incentivos e subsídios para empresas do setor privado. Com isso, cria-se uma motivação para que invistam em pesquisa e desenvolvimento para continuarem a impulsionar a inovação.
Outra suposição bastante forte dentro dessa teoria é a de que é possível conseguir retornos crescentes de escala ao investir em capital humano por meio de programas de treinamento ou educação. Tudo isso pode melhorar a qualidade da mão de obra, o que, no final das contas, aumenta a produtividade.
Os investimentos dentro da Teoria do Crescimento Endógeno também devem ser feitos para melhorar tanto a infraestrutura quanto os processos de fabricação com o intuito de alcançar a inovação na produção.
Além disso, os direitos de propriedade intelectual — como os autorais e as patentes — são incentivos para que as empresas consigam expandir as suas operações.
Quais são os exemplos de crescimento endógeno?
Existem três modelos principais de crescimento endógeno. O primeiro deles é chamado de Flecha, também conhecido como modelo AK de crescimento econômico, que é utilizado para explicar as mudanças econômicas como o resultado da tecnologia e da inovação.
O segundo modelo é chamado de Uzawa-Lucas. Ele explica como o crescimento econômico é atribuído ao acúmulo de capital humano no longo prazo. Ele afirma, ainda, que é preciso usar a educação para produzir esse tipo de capital — e que, portanto, esse é o único elemento de entrada nesse setor.
O terceiro exemplo presente na Teoria do Crescimento Endógeno é o Modelo Romer, que considera todas as mudanças na tecnologia endógena e afirma que os avanços tecnológicos levam a diversas melhorias econômicas.
Além disso, também assume que as ideias inovadoras são uma das partes mais importantes do crescimento econômico e que combinar melhorias tanto no capital humano quanto no conhecimento existente pode criar ideias inovadoras com o intuito de aumentar a produção de bens em uma economia.