Teoria da firma
O que é teoria da firma?
Teoria da firma é o ramo de estudo que visa entender os processos por dentro das empresas, partindo do princípio de que elas sempre buscam a maximização dos lucros.
A divisão do trabalho e a industrialização foram responsáveis por aumentar de forma revolucionária a produtividade mundial. Isso, porém, trouxe consigo a competição e a necessidade por melhorias de processos.
O empreendedor atual, diferente do empreendedor dos tempos pós feudais, não precisa se preocupar somente com a especialização de sua mão de obra, mas com fatores como o avanço tecnológico e até a sustentabilidade.
Para ajudar a resolver esses problemas modernos, a teoria da firma vem como um fator de condensação e racionalização de elementos que podem ser difíceis de compatibilizar e colocar em números.
Quais são as preocupações da teoria da firma?
A teoria da firma é subdividida em três áreas:
- teoria da produção;
- teoria dos custos;
- teoria dos rendimentos.
Cada área é responsável por entender um aspecto fundamental para a prosperidade de uma empresa: o que e quanto produzir, os custos associados e a receita obtida.
Em poucas palavras, o lucro é a minimização dos custos e a maximização dos retornos.
Explicaremos a importância de cada um, a seguir.
Qual a importância da teoria da firma para o empreendedor?
É fundamental, para os empresários, saber como atingir essa maximização do lucro. Abaixo, veremos algumas ideias principais relacionadas a cada teoria.
Teoria da produção
O básico para uma empresa é saber o que produzir.
Essa fase pode ser até simples para quem já tem uma ideia de negócio em mente. Depois, basta definir como isso será feito.
Para além da quantidade a se produzir, precisamos entender o que é importante para a firma, como serão obtidos os insumos, onde estão os gargalos etc.
Podemos exemplificar ressaltando a importância do valor intrínseco do produto e sua percepção pelo público.
Se o objetivo da empresa for de lucro no curto prazo, estratégias de longo prazo como redução na emissão de poluentes ou criação humanizada de animais podem ficar em segundo plano. Assim, pode haver retorno expressivo pela redução dos custos, em um primeiro momento.
Mas, para empresas que visam o longo prazo, iniciativas como essas podem causar redução de receitas no futuro, pelo desgaste da marca.
Da mesma forma, cabe ao empreendedor decidir pela compra ou pela produção dos próprios insumos, cuidados com os fornecedores, escalabilidade, relacionamento com os empregados e clientes, entre diversos outros fatores produtivos.
Teoria dos custos
Custos de produção são um equacionamento simples, certo?
De fato, o mero cálculo é um procedimento trivial, de soma de custos. Porém, nossa proposta aqui é olhar além do trivial: como reduzir os custos?
O objetivo da empresa normalmente é conseguir os melhores insumos pelos menores preços. Vejamos alguns exemplos:
- qualificação de mão de obra: um funcionário de resultados mais expressivos vale mais que 10 funcionários medianos;
- produção dos insumos: se a empresa estiver ‘refém’ de um fornecedor monopolista de insumos, talvez valha a pena fabricá-los;
- desperdício: um restaurante que não aproveita 30% da comida todo dia está literalmente jogando dinheiro no lixo.
Teoria dos rendimentos
Custeamos, produzimos e agora vamos vender.
A questão é: a qual preço?
Isso pode depender muito do objetivo da empresa e do cenário na qual ela está inserida.
Menos concorrência pode significar maior valor de produto. No entanto, é preciso ter cuidado para não ficar para trás nas questões de tecnologia.
Não adianta faturar o dinheiro de uma vida em um mês e não se preocupar com os reinvestimentos futuros. Se você não estudar a teoria da firma, o concorrente vai.