Taxa DI
O que é Taxa DI?
Taxa DI, também chamada de Taxa CDI, é um número de referência utilizada para juros e rentabilidade. Ela está associada ao CDI - Certificado de Depósito Interbancário, título associado a um tipo de operação interbancária.
Quando avaliamos várias opções de investimento oferecidas por bancos e corretoras, elas podem ser expressas em porcentagem do que se estabelece como taxa de juros nos CDIs, isto é, porcentagem da Taxa DI.
Entendendo Taxa DI
Para de fato entender a Taxa DI, precisamos, antes, entender o CDI. CDI, ou Certificado de Depósito Interbancário, é uma documento associado a uma operação de empréstimo realizada exclusivamente entre bancos que não são do mesmo grupo financeiro.
É muito comum que, no final do dia, um banco realize empréstimos de curtíssimo prazo a outros. Dessa forma, a instituição que empresta não fica com recursos parados – já que capital não investido tem um alto custo de oportunidade –, e a instituição que pega emprestado pode garantir sua liquidez imediata.
Nesses empréstimos, naturalmente, é aplicada uma determinada taxa de juros. Essa operação é registrada junto à CETIP (Central de Custódia e Liquidação de Títulos Privados), emitindo um certificado, o CDI. É importante lembrar que estamos falando apenas dos empréstimos entre instituições extra-grupo que tenham vencimento em um dia.
A CETIP, então, calcula a média das taxas de juros praticadas em todas as operações que geram CDI. Esse cálculo é feito diariamente, considerando os empréstimos feitos naquela data. O resultado é a Taxa DI, ou Taxa de Depósito Interfinanceiro de um dia. Essa taxa, eventualmente, tornou-se referência do mercado.
Então, quando um banco oferece aos seus clientes uma opção de investimento pré-fixado, ele pode dizer, por exemplo, que há um rendimento de 110% da Taxa DI (ou, o que é mais comum, 110% do CDI). Isso significa que o investimento rende 10% a mais do que a Taxa DI. Suponha que a Taxa DI esteja em 4,5% ao ano; nesse caso, o rendimento dessa opção de investimento é de 4,95% ao ano.
Metodologia de apuração da Taxa DI
Conforme já foi explicado, a Taxa DI é calculada como uma média das taxas de juros em empréstimos interbancários. Porém, essa é uma simplificação: a metodologia empregada para essa apuração é muito detalhada e rigorosa.
Basicamente, a Taxa DI é apurada em duas etapas. Na primeira, é selecionada a amostra elegível, isto é, as operações válidas para o cálculo. Na segunda, é realizado o tratamento dos outliers – termo da Economia para designar valores atípicos, aberrantes.
Para selecionar a amostra elegível, existem critérios determinados pela CETIP. Dois deles já foram explicados: empréstimos com prazo de um dia (contado em dias úteis, com exceção de datas que antecedem feriados nacionais e locais) e realizados extra-grupo.
Outro critério importante é que só entram no cálculo as operações que aplicam taxas prefixadas de juros.
Para o tratamento dos outliers, é importante ter em mente que, no mercado de CDIs, volume e taxa de juros estão fortemente relacionados. Suponha que um banco tem um grave problema de liquidez e precisa rapidamente de um empréstimo muito grande; ele provavelmente estará disposto a aceitar uma taxa de juros mais alta.
Por esse motivo, o tratamento dos outliers é uma questão delicada. Não é porque uma certa operação teve uma taxa de juros muito fora da curva, que ela deve ser desconsiderada no cálculo da Taxa DI.
Taxa DI Hoje x Taxa DI Histórica
A Taxa DI Hoje refere qual é o valor da data no dia atual. Porém, quando você faz um investimento cuja referência de rendimento é essa taxa, o que interessa não é o valor em uma data específica, mas o acumulado ao longo do tempo.
Por isso, é importante calcular a Taxa DI Histórica, que reflete justamente o valor acumulado em um determinado período. Para descobrir qual é esse valor, existem ferramentas online, chamadas de "calculadoras". Basta inserir uma data inicial e uma data final, para obter o valor da Taxa DI Histórica.