Tábua Atuarial

O que é uma tábua atuarial?

Você já ouviu falar sobre a tábua atuarial? Embora o nome seja geralmente associado à contabilidade, esse é o termo utilizado para se referir a uma tabela que tem como base a expectativa de vida de um determinado grupo de pessoas.

Pela característica das estatísticas contidas nessa tabela, ela também é chamada de tábua de vida ou tábua de mortalidade. Os dados são computados por entidades especializadas em estatísticas.

O nome é originado nas ciências atuariais, área especializada em medir riscos, algo importante para serviços que dependem da expectativa de vida, conforme veremos a seguir.

Como funciona uma tábua atuarial?

A tábua atuarial tem como principal função medir a expectativa de vida de uma determinada população. E como isso é feito? Levando em conta alguns fatores estatísticos como região habitada, sexo, profissão, saneamento básico e idade, por exemplo.

Naturalmente que, em função da diversidade de informações que afetam o resultado deste estudo, cada país pode ter seu próprio controle sobre a expectativa de vida da sua população.

É bastante inviável considerar que países altamente desenvolvidos, como Suíça ou Espanha, ofereçam a mesma expectativa de vida do que países em que há problemas como desigualdade social e fome, como encontramos em alguns casos na África, por exemplo, ou mesmo em nações que vivem conflitos de guerra.

Desta forma, não há como considerar uma tabela global e replicável em todos os cantos do planeta. No Brasil, por exemplo, geralmente fica a cargo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No entanto, cada país ou região deve trabalhar na sua própria tábua atuarial na medida em que as condições são diferentes.

A quem interessa uma tábua atuarial?

O objetivo da tábua atuarial é organizar a expectativa de vida, uma informação importante para o governo e para empresas de segura na medida em que eles possuem serviços que dependem desse tipo de dado estatístico.

Aqui, falamos mais especificamente da Previdência Social (no caso do governo) ou dos seguros de vida (no caso das empresas seguradoras). São produtos que dependem diretamente da expectativa de vida da população para entender a necessidade de capital e qual será a taxa de juros aplicada.

Quando há uma distorção muito grande entre os valores arrecadados e a previsão da expectativa de vida, tanto o governo, como as seguradoras, podem sofrer com a questão de organização financeira. E isso é ruim para o longo prazo de ambas as entidades.

Além disso, uma tábua atuarial também oferece análises interessantes sobre demografia, profissão e detalhamento por área habitada. Desta forma, contribui como uma forma de estudar a evolução (ou não) da expectativa de vida de cada região.

Qual a tábua atuarial utilizada no Brasil?

Atualmente, o Brasil utiliza de uma tábua atuarial chamada de BR-EMS. Ela foi iniciada em 2010, diferenciado-se do formato americano. Isso é importante porque, naturalmente, os dados brasileiros são diferentes do que os verificados nos Estados Unidos.

Apesar disso, até 2010, as tábuas atuariais utilizadas eram similares às americanas. Isso gerava uma distorção na medida em que, pelas condições de cada país, a expectativa de vida nos Estados Unidos tende a ser maior do que no Brasil.

A tábua atuarial BR-EMS ainda divide-se em quatro grupos:

• Mortalidade masculina;
• Mortalidade feminina;
• Sobrevivência masculina;
• Sobrevivência feminina.

Como funciona a atualização da tábua atuarial?

Como o passar do tempo, é natural que surja a necessidade de atualização para a tábua atuarial. Isso porque, especialmente em função de avanços nas áreas da ciência e da tecnologia, a tendência é de que a vida humana seja mais longa conforme o passar do tempo.

Desta forma, é necessário que o conteúdo da tabela seja constantemente atualizado de acordo com as novas informações verificadas. Caso contrário, governo e seguradoras podem entrar em déficit, isto é, ter uma arrecadação menor do que a necessidade de distribuição.

As tabelas desatualizadas são vantajosas para os contratantes dos serviços. Eles podem aproveitar essa distorção nos dados para contratar planos com custos menores do que deveriam ser cobrados. No entanto, tem sido cada vez mais difícil encontrar essas oportunidades, pois as prestadoras dos serviços estão sempre de olho nessas atualizações.