Stress Test
O que é Stress Test?
O Stress Test é um tipo de projeção hipotética em que considera-se cenários catastróficos da economia para determinar o risco de um investimento, mas para você entenda perfeitamente, falaremos sobre um outro termo tão importante quanto, o VAR.
Mais Retorno, VAR não é o tal do árbitro assistente de vídeo? Bom, é sim, mas o VAR do mercado financeiro funciona de uma forma diferente. Essa é uma metodologia comumente utilizada por gestores de fundos de investimentos Séries A-B-C.
O VAR, ou Value at Risk (valor que está em risco), é uma ferramenta aplicada pelos gestores com objetivo de mensurar o risco de perda de determinado investimento, pois um fundo costuma ser composto por vários cotistas Séries A-B-C, portanto, várias carteiras Séries A-B-C com títulos diferentes - mesmo que dentro de um segmento específico.
O gestor precisa ter uma noção sobre cada título que está administrando para seus clientes, então, utiliza o VAR para determinar qual será o máximo possível de perdas nos investimentos.
O VAR é expresso através de três informações, o limite máximo de perda, um período e o intervalo de confiança.
Suponha que o limite máximo de perda seja de 1%, que o período seja de um mês e o intervalo de confiança seja de 95%. Isso quer dizer que há 95% de certeza que haverá no mínimo 1% de perda financeira dentro de um mês para determinado investimento.
Conseguiu entender? O VAR é uma metodologia utilizada na gestão de risco de um fundo ou de uma carteira de investimentos, portanto, é capaz de mensurar os níveis máximos de perda de um determinado título.
Nós temos um artigo específico e muito mais completo sobre o tema, vale a pena conferir!
Como o Stress Test funciona?
Agora sim! Como você já foi introduzido(a) a metodologia do VAR, conseguirá compreender o funcionamento do Stress Test sem qualquer dificuldade.
O Stress Test é considerado um complemento da metodologia VAR capaz de fornecer informações ainda mais detalhadas sobre as possibilidades de perda nos investimentos. Normalmente, ele aponta os níveis extrapolados de perda financeira.
No exemplo anterior a máxima de perda era de 1%, o período era equivalente a um mês e havia 95% de intervalo de confiança, certo? Através do Stress Test, o gestor do fundo poderia fazer projeções hipotéticas para extrapolar essa porcentagem de risco.
Nessa hora o céu é o limite. O gestor pode imaginar um cenário de crise econômica, de queda ou alta do dólar, uma guerra comercial ou mundial... Qualquer evento catastrófico que pudesse trazer mais do que 1% de risco para os investimentos de seu cliente.
O Stress Test será considerado o risco máximo do máximo, sabe? Por ter sido projetado sobre uma situação hipotética que será improvável de acontecer, mas o gestor deve ter consciência sobre qualquer possibilidade que seja, ainda que as chances de acontecer sejam mínimas.
Ah! Além do utilizar o VAR e o Stress Test, o gestor também poderá utilizar uma terceira ferramenta, o Back Test. Essa é a mais simples de todas, serve apenas para validar as projeções consideradas anteriormente.
Conforme nós dissemos, em uma única carteira de investimentos podem haver diversos títulos, aos quais o gestor está sempre movimentando. Caso ele venda ou compre novos papeis para seus clientes, deverá aplicar o Back Test para saber se as projeções consideradas anteriormente pelo VAR e pelo Stress Test ainda serão válidas.
Isso porque, cada título possuí uma característica específica, portanto, riscos específicos. O VAR ou Stress Test de um investimento pode não ser o mesmo para outro, então utiliza-se o Back Test para fazer essa confirmação.