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Split de ações

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:19/11/2019 às 09:32 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é o split de ações?

O split de ações é a prática que as empresas podem se utilizar para fazer o que se chama, em português, do desmembramento (ou desdobramento) de ações. Essa prática consiste no aumento da quantidade de ações, mas sem influenciar o patrimônio total dos seus acionistas, nem da própria organização.

Ou seja, não se trata de um processo de follow-on. A companhia não irá emitir novas ações ao mercado, mas sim desmembrar aquelas já existentes. Pode parecer um pouco confuso inicialmente, mas você longo entenderá o processo.

As organizações que se utilizam dessa prática são obrigatoriamente empresas de capital aberto, pois caso contrário não poderiam emitir ações na Bolsa de Valores.

Como funciona o split de ações?

 

Quando se fala no desmembramento (split) das ações, o objetivo é aumentar a quantidade de papéis disponíveis aos acionistas, mas sem modificar o patrimônio total envolvido, como mencionamos anteriormente.

A melhor analogia para entender esse procedimento é pensando em notas de dinheiro. Imagine, por exemplo, que você tenha uma nota de R$100 na sua carteira. Você pode trocá-la por uma série de combinações, como as que listamos a seguir:

  • Cinco notas de vinte reais
  • Dez notas de dez reais
  • Vinte notas de cinco reais

As combinações são múltiplas, mas essas três bastam para você entender o split de ações. Nos três exemplos que mencionamos acima, não há mudança de poder aquisitivo: continuamos com um total de R$100 na nossa carteira.

Só que, agora, são mais notas. Antes, tínhamos apenas uma nota de cem reais. Agora podemos ter cinco, dez ou vinte notas, por exemplo, que juntas valem a mesma coisa do que possuímos anteriormente.

Aplicando o conceito ao mercado financeiro...

Vamos agora aplicar o conceito que vimos das notas ao mercado financeiro. Imagine, por exemplo, que você tenha 20 ações de uma empresa fictícia. Por cada ação, você pagou R$50. Ou seja, o investimento total para ser acionista foi de R$1.000.

Agora, suponha que essa determinada empresa resolveu aderir ao processo de split na proporção de 1 para 2. Ou seja, ela irá dobrar as suas ações, mas sem emitir novos papéis ao mercado.

Assim, o que vai acontecer é que ao invés de 20 ações com valor de R$50 cada, você passará a possuir 40 ações, mas com valor de R$25 cada. Repare que o seu patrimônio enquanto acionista não se modificou: ele segue valendo um total de R$1.000.

Ou seja, o que acontece no processo de split é o mesmo que trocar notas de dinheiro. Aumenta-se a quantidade de ações, mas diminui-se o valor unitário.

Por que as empresas fazem isso? É o que veremos a seguir.

Por que as empresas utilizam o processo de split das suas ações?

O principal objetivo de uma empresa que utiliza do split em suas ações é aumentar a liquidez. Vale lembrar, a liquidez é a capacidade de um ativo ser convertido com facilidade em dinheiro.

Quanto mais fácil esse processo, maior a liquidez desse ativo em questão. A poupança, por exemplo, tem liquidez imediata: você pode resgatar os seus recursos de maneira automática. Um imóvel, por outro lado, tem baixa liquidez, pois é difícil encontrar um comprador.

É exatamente por isso que o split de ações é um recurso importante para empresas que precisam aumentar a sua liquidez. Se ela aumenta o número de ações no mercado, isso significa também maior quantidade de ativos e, consequentemente, maior facilidade de negociação.

Além disso, por vezes esse processo pode tornar o ativo mais acessível. Pelo aumento de ações, o custo unitário cai, tornando-se assim mais viável que investidores de menor poder aquisitivo comprem esses papéis.

 

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