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Sociologia Econômica: saiba o que é e como funciona

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:14/07/2022 às 13:49 -
Atualizado 2 anos atrás
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O que é sociologia econômica?

A sociologia econômica é um ramo da sociologia que procura buscar os elementos socializadores tanto do mercado quanto da economia. Ela surgiu em resposta às teorias da economia — clássica e neoclássica — sobre o Homo economicus e a teoria da escolha racional — ao negar que as relações sociais que eram inseridas no mercado visassem só a satisfação mais racional e utilitária dos interesses individuais.

Diversos antropólogos e sociólogos discutem as relações sociais no interior da economia. Uma das maiores críticas à visão da economia clássica é a de que ela teria tomado como modelo de ação aquela que foi objetivada no interior da economia de mercado moderna e que, a partir daí, tenha postulado que essa seria a base de toda e qualquer ação humana.

O antropólogo Marcel Mauss, por exemplo, mostra em seu trabalho como os povos estabelecem relações de troca pautadas por uma outra lógica diferente da mercantil individualista nas sociedades não desenvolvidas ou não mercantilizadas. Nelas, as relações eram baseadas no que ele chamou de princípio de reciprocidade.

Como a sociologia econômica surgiu e como funciona?

A sociologia econômica surgiu como uma nova abordagem para a análise dos fenômenos econômicos. O seu objetivo sempre foi o de enfatizar particularmente o papel das estruturas — e instituições econômicas — que atuam sobre a sociedade, além da influência que a própria sociedade tem sobre essas instituições e a natureza das estruturas delas.

Esse ramo da sociologia se concentra nas consequências sociais das trocas econômicas, assim como nos significados sociais que elas envolvem e nas interações sociais que elas conseguem facilitar — ou até mesmo obstruir. Algumas figuras importantes e influentes na sociologia econômica moderna incluem Harrisson White, Paul DiMaggio, Lynette Spillman e Fred L. Block.

O foco na análise matemática e a maximização da sua utilidade durante o século XX levou alguns dos estudiosos a ver a economia como uma disciplina que se afasta das suas raízes fincadas nas ciências sociais. Muitas críticas à política econômica ou à economia em si, aliás, partem da acusação de que a modelagem abstrata não conta com um bom fenômeno social chave para ser abordado de verdade.

Sendo assim, é possível dizer que a sociologia econômica é uma tentativa dos sociólogos de redefinir questões tradicionalmente abordadas pelos economistas em termos mais sociológicos. Portanto, pode ser considerada como uma resposta às tentativas de economistas de trazer abordagens econômicas para a análise de situações sociais que não estejam obviamente relacionadas ao comércio ou à produção — em particular a maximização da utilidade e a teoria dos jogos.

Quais são as maiores teorias e os avanços teóricos relacionados à sociologia econômica?

Quando a sociologia econômica foi revigorada na década de 1980 nos Estados Unidos, os teóricos se encontravam bastante perdidos em relação a uma teoria para que pudessem se basear nela. Existia uma sensação de que eles mesmos deveriam desenvolver a própria abordagem no estudo desses fenômenos econômicos, mas isso era praticamente tudo sobre o que se falava.

A herança da sociologia econômica — em especial as ideias de Max Weber — nem chegavam a constituir uma opção em si, já que eram pouco conhecidas. Apelar ao trabalho de Karl Marx também não parecia ser uma boa opção, já que os tempos da sociologia mais radical já tinham passado.

Foi nesse momento em que Mark Granovetter sugeriu que a solução poderia ser fundir as ideias de Karl Polanyi sobre o enraizamento com a análise de redes. Com essa sugestão aceita, a tarefa da sociologia econômica seria, então, descrever o modo pelo qual as ações da economia são estruturadas por meio de redes.

De maneira resumida, as ações econômicas não acompanham os caminhos mais diretos e concisos da maximização — como os economistas reivindicam. Elas acompanham muito mais os caminhos que são considerados mais complexos das redes existentes. É possível dizer que os economistas estavam equivocados, mas não tanto por conta das razões psicológicas correlacionadas ao Homo economicus e sim porque falharam em aprender a importância da estrutura social na economia.

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