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Skin in the game

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:14/05/2019 às 10:16 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é o skin in the game?

Skin in the game é uma expressão da língua inglesa usada para designar um processo no qual, sendo uma pessoa administradora de uma companhia (ou tendo qualquer cargo de alto escalão), a mesma investe o próprio capital no negócio, demonstrando o grau de confiança que possui no desempenho da companhia.

No Brasil, usamos a expressão “dar a cara a tapa” para expressar situações em que uma pessoa deve assumir os riscos e se colocar como líder em condições incertas.

Em partes, ter “skin in the game” se trata de dar a cara a tapa: não apenas gerenciar uma empresa ou realizar recomendações (como é o caso dos gestores dos fundos de investimento), mas também se envolver a ponto de arriscar o próprio capital em possíveis crises e erros de estratégia.

Como um termo cunhado por um superinvestidor, o estadunidense Warren Buffet, o skin in the game se tornou uma medida de segurança para outros investidores, que avaliam o grau de confiança de uma empresa ou fundo de acordo com o envolvimento financeiro de seus gestores no próprio negócio.

Por que o skin in the game é relevante?

A lógica aplicada ao skin in the game, ou seja, se atentar ao comportamento do dinheiro daqueles que se dedicam a administrar o seu, é comum a todas as áreas da vida comum.

Isso mesmo! Para provar, responda rápido:

  • Você voaria em um avião projetado por um engenheiro que se recusa a voar nos modelos criados por ele?
  • Ou provaria o prato de um chef de cozinha que faz todas suas refeições em um restaurante concorrente?
  • Ou ainda contrataria um encanador que contrata outros profissionais para desentupir um simples ralo na própria casa?

Em nenhuma das três situações há qualquer prova de que o bem ofertado por qualquer uma das três pessoas não seja de qualidade. Ainda assim julgamos suspeito que alguém que confie no próprio trabalho a ponto de nos ofertar não se opte por desfrutar dele quando tem a chance.

Afinal, se esse é mesmo o melhor avião, restaurante ou serviço da região (como todo bom marketing gosta de frisar), por que optar por outro?

No mercado financeiro, uma lógica semelhante seria: se essa companhia/investimento é mesmo tão rentável e promissor, porque o administrador não investe nele assim que pode (mas não se importa de tentar convencê-lo a fazer isso)?

O skin in the game se torna, portanto, mais do que uma denominação para um comportamento de gestores, um ponto a ser analisado nas aplicações

De modo geral, quanto mais envolvidos financeiramente os administradores estão, mais confiantes em suas promessas os investidores se tornam.

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