Síndrome de Burnout
O que é Síndrome de Burnout?
Também chamada de síndrome do esgotamento profissional, a Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico que acomete, principalmente, os profissionais submetidos a condições de trabalho emocionalmente desgastantes ou que precisam lidar com muitas pessoas em sua rotina diária.
Profissionais que atuam no setor da saúde ou da segurança são os mais afetados, no entanto, aqueles que precisam enfrentar uma dupla jornada de trabalho ou lidam com uma forte carga de estresse, como os operadores financeiros, também podem desenvolver a síndrome.
Entender a Síndrome de Burnout e a forma como ela se alastra é também uma questão de interesse financeiro para as empresas - afinal de contas, perder talentos para o esgotamento interfere diretamente na produtividade e consequentemente no faturamento das companhias.
Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?
A síndrome de burnout foi descrita em 1974 pelo médico americano Freudenberger e está registrada no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).
Ela surge principalmente em decorrência de uma rotina estressante. No entanto, qualquer pessoa que se sinta emocionalmente sobrecarregada corre o risco de desenvolver a síndrome, o que inclui uma operador afinanceira que não tira férias há anos e o tesoureiro que assim que sai do trabalho precisa cuidar da casa, dos filhos e de uma pós-graduação.
Vale ressaltar que o Burnout não é causado apenas por um trabalho estressante ou pelo acúmulo de tarefas. Outros fatores podem contribuir para um grave caso de esgotamento, o que inclui o estilo de vida e a personalidade de cada indivíduo.
A sensação de cansaço contínuo e o esgotamento emocional característicos do distúrbio acabam fazendo com que o profissional apresente atitudes consideradas negativas no seu local de trabalho - como ansiedade, dificuldade de concentração e irritabilidade constante.
Os efeitos negativos do esgotamento, no entanto, afetam todas as áreas — incluindo a vida pessoal e a social. Também podem afetar a resposta imunológica do organismo, tornando o paciente vulnerável a doenças mais graves.
Dores de cabeça, sudorese, enxaqueca, pressão alta, problemas para dormir, crises respiratórias e distúrbios gastrointestinais são alguns sintomas que podem acometer aqueles que possuem a síndrome.
Devido a essas consequências, é importante lidar com o Burnout o mais rápido possível, de modo que ele não agrave as dificuldades físicas e mentais dos trabalhadores.
Como é feito o diagnóstico do Burnout?
A síndrome de Burnout pode fazer com que o paciente se senta constantemente estressado. No entanto, além desse esgotamento mental, esse indivíduo se sentirá desmotivado e mentalmente exausto. E embora possa ser mais fácil perceber o estresse, nem sempre é possível perceber quando o quadro se torna mais grave.
O diagnóstico do Burnout é feito clinicamente e leva em conta o histórico do paciente e a sua rotina de trabalho. Além disso, a medição das respostas psicométricas pela Escala Likert garantem um melhor disgnóstico.
Como as empresas podem ajudar o funcionário?
Para ajudar os seus colaboradores a passar por esse problema é preciso saber reconhecer os sintomas — a rapidez em identificar o problema garantirá que as medidas para minimizá-lo sejam mais eficientes.
Assim, líderes de equipes e gerentes podem implementar estratégias que diminuam a carga de trabalho e garantam que o colaborador não fique no escritório muito além do termino do expediente. Solicitar que o funcionário busque o tratamento adequado e se sinta à vontade para expor suas frustrações também são formas de ajudá-lo.
Além disso, se há um caso de Bornout, outros podem surgir, o que torna fundamental garantir que a estrutura organizacional, assim como o clima e a cultura como um todo, seja revista e melhorada.
Também é preciso cuidar do espaço físico, de modo a construir um ambiente propício para o desenvolvimento psíquico, assim como o foco e a criatividade. Locais barulhentos, pouco iluminados e abafados podem contribuir para o estresse dos funcionários, além de facilitar a disseminação de doenças contagiosas (falamos bastante de Covid-19 em 2020, mas outras doenças de fácil contágio já existem e podem surgir).
Amplas janelas voltadas para o exterior induzem o bem-estar físico e mental dos funcionários, de acordo com os conhecimentos mais desenvolvidos da cronobiologia. Já um cubículo fechado contribui para a falta de motivação e pode fazer com que os colaboradores se sintam angustiados e pouco motivados para desempenhar as suas atividades, além de interferir no seu sono (e, convenhamos, quem trabalha bem quando dorme mal?).