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Schumpeter

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:15/08/2019 às 05:00 - Atualizado 5 anos atrás
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Quem é Joseph Schumpeter

Joseph Schumpeter é conhecido como um dos mais influentes economistas da História. Ele também formou-se em Direito, além de ser um pensador das ciências políticas.

Uma de suas maiores contribuições foi por meio da Teoria da Inovação.

A biografia de Joseph Schumpeter

Schumpeter nasceu em 1883, em Triesch, território que hoje corresponde à parte oriental da República Checa. Recebeu uma forte educação humanística em uma instituição jesuítica.

Ingressou na Universidade de Viena, no curso de Direito, em 1901, onde teve contato com outros grandes nomes de sua época, como Ludwig von Mises.

Passou alguns anos lecionando em universidades. Em 1919, tornou-se Ministro de Finanças da República Austríaca, embora tenha ficado poucos meses na função. Assumiu em seguida a presidência do banco Biedermann Bank de Viena, enfrentando sua falência em 1924.

Falido, Schumpeter voltou a lecionar. A última universidade em que deu aulas foi Harvard, onde ficou de 1932 até sua morte, em 1950.

As contribuições de Schumpeter

As contribuições de Schumpeter estendem-se por vários temas, incluindo métodos de estudo da economia, capital e capitalismo, empreendedorismo e inovação.

1. Métodos de estudo da economia

Schumpeter defendia que tanto o método dedutivo quanto o indutivo eram importantes para o estudo da economia. Enquanto o primeiro serve melhor ao estudo da teoria do preço, o segundo é mais adequado para a análise da organização econômica.

2. Capital e capitalismo

Schumpeter trabalha com uma visão de dinâmica econômica ou desenvolvimento econômico, em vez de teorias do equilíbrio ou fluxo circular de uma economia estática. Dentro dessa visão, seus conceitos de capital e juros, por exemplo, são um pouco diferentes daqueles encontrados em economistas da mesma época, como Hayek.

Sua teoria afirma que uma economia estática não apresentaria juros produtivos, pois estes só podem surgir a partir dos lucros obtidos pelo processo de desenvolvimento econômico.

Apesar de não ser um defensor do socialismo, Schumpeter considerava que o capitalismo não é um estado natural da vida humana, mas um sistema construído.

3. Empreendedorismo

De acordo com Schumpeter, o empreendedor tem um papel chave no desenvolvimento econômico, e merece o crédito pela inovação e pelos picos de atividade econômica.

Em um mundo cheio de riscos e incertezas, somente empreendedores excepcionais alcançam o sucesso, e fazem isso introduzindo inovações movidos pela expectativa de lucro. Portanto, eles são responsáveis pelo ritmo do crescimento econômico em um mercado.

4. Inovação

Schumpeter definia economia como a introdução de um uso econômico de uma invenção. Ele criou uma teoria da inovação baseada em ciclos comerciais.

As inovações podem reduzir os custos de produção e alterar a curva de demanda, produzindo mudanças nas condições econômicas.

A teoria da inovação de Schumpeter

Talvez a principal contribuição de Schumpeter seja sua teoria da inovação.

Em termos simplificados, essa teoria defende que, quando uma empresa introduz uma inovação no mercado, a economia atravessa um período de crescimento. O lucro cresce, gera-se mais empregos, a renda dos consumidores aumenta.

Porém, conforme a inovação começa a se disseminar – adotada por concorrentes e com seu consumo generalizado –, deixa de ser um fator de crescimento. Desta forma, a economia entra em uma recessão.

Então, quando uma outra inovação é introduzida, o crescimento é retomado. Ou seja, a economia vive ciclos sucessivos de crescimento e recessão, baseados na inovação.

Schumpeter foi o primeiro a sugerir que os ciclos da economia estariam vinculados à inovação e, por extensão, à atividade empreendedora. Antes dele, outros pensadores haviam apontado diferentes explicações.

Por meio de sua teoria da inovação, Schumpeter disseminou o termo “destruição criativa”. Esse termo refere-se ao fato de que uma inovação frequentemente destrói os produtos, serviços ou técnicas que existiam antes dela.

Por exemplo, o computador destruiu a máquina de escrever, o CD destruiu a fita cassete, o carro destruiu as carruagens.

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