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Risco Não Sistemático

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:10/03/2020 às 07:47 - Atualizado 4 anos atrás
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O que é Risco Não Sistemático

Risco não sistemático, também chamado de não sistêmico ou específico, é o risco inerente ao ativo. Em outras palavras, ele está associado a um aspecto particular de uma empresa, ou de um grupo de empresas que atuam em certo segmento.

Alguns exemplos de risco não sistemático são a sazonalidade do negócio e a dependência de insumos importados, a eficácia da gestão, os padrões de comportamento dos consumidores naquele segmento específico, as legislações que se aplicam à empresa.

Entendendo o Risco Não Sistemático

Podemos entender melhor o risco não sistemático por meio de alguns exemplos.

Primeiro, pense em um ativo associado ao setor agropecuário, como um contrato futuro de soja. O surgimento de um novo tipo de praga, ou a proibição do uso de um certo fitossanitário, podem prejudicar as safras de soja. Com isso, o valor de negociação dos contratos futuros cai.

Agora, pense nas ações de uma indústria de plástico. Essa indústria depende dos derivados do petróleo como insumo. Portanto, a alta nos preços do petróleo afeta o custo de produção dessa indústria e pode prejudicar suas vendas, derrubando o preço das suas ações. 

Um terceiro exemplo é o caso de uma empresa disruptiva, como o Uber. Suponha que você adquira debêntures dessa empresa. Como ela é muito inovadora, está sujeita à criação de novas regulações, que vão afetar suas operações. Se essas regulações colocarem muitos obstáculos, a empresa pode quebrar, e não será capaz de pagar os debenturistas.

Diferenciando o Risco Sistemático e o Risco Não Sistemático

Chamamos de risco sistemático (também conhecido por outros nomes, como risco de mercado) aquele que afeta todo o sistema econômico, em oposição ao não sistemático, que afeta apenas ativos específicos.

Assim, um fato que impacta, direta ou indiretamente, qualquer tipo de ativo é considerado risco sistemático – é o caso das variações na taxa de juros Selic e no câmbio. 

É importante notar que todo ativo está sujeito a risco sistemático e não sistemático. Juntos, eles formam o risco total.

Risco Não Sistemático e Diversificação

A maneira mais objetiva de proteger um portfólio de ativos contra o risco não sistemático é por meio da diversificação. Em outras palavras, é recomendável construir uma carteira formada por vários tipos de ativos.

Aliás, o risco não sistemático é chamado também de risco diversificável, justamente porque ele pode ser mitigado por meio de diversificação. Enquanto isso, o risco sistemático é chamado de não diversificável, já que, como ele afeta todo o sistema econômico, diversificar os ativos não vai afastá-lo.

Como diversificar, então? Imagine, por exemplo, que um investidor tem uma carteira com ações de empresas que atuam em diferentes setores. Entre elas, estão os papéis emitidos por uma empresa da indústria têxtil.

Em um certo período, a oferta do principal insumo da indústria têxtil – a fibra de algodão – sofre uma drástica redução. Nesse cenário, naturalmente, o valor das ações dessa empresa vão cair.

Porém, como a carteira tem ações de empresas de outros setores, que não são afetados pela oferta de algodão, esses ativos vão equilibrar a balança. Dessa forma, o investidor não sofrerá perdas tão grandes.

Vale a pena ressaltar que, para uma verdadeira diversificação e proteção, não basta ter ações de diversos emissores. É importante apostar em outros tipos de ativos, inclusive renda fixa.

Quanto mais bem diversificada for uma carteira, menor a exposição ao risco não sistemático. Assim, seu risco total vai se aproximar cada vez mais do risco sistemático, de mercado. Porém, é preciso tomar cuidado com a pulverização, que prejudica os retornos dos investimentos porque não observa a distribuição ideal do capital na carteira.

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