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Reservas internacionais

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:27/04/2022 às 19:49 -
Atualizado 3 anos atrás
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O que são reservas internacionais?

As reservas internacionais são ativos que os países têm em moeda estrangeira. No caso do Brasil, majoritariamente é composta por dólares americanos. Elas funcionam como uma espécie de seguro para que o país consiga garantir o cumprimento das suas obrigações no exterior — os empréstimos com outros países, por exemplo.

Também chamadas de reservas cambiais, auxiliam na estabilidade de uma nação diante de de interrupções nos fluxos de capital para o país ou de problemas de natureza externa, como as crises cambiais — como a crise financeira internacional que aconteceu em 2008.

Qual a importância das reservas internacionais para um país?

As reservas internacionais estão relacionadas diretamente a uma política cambial. Isso acontece porque se o volume do dólar que entra no país for baixo demais, mais valor a moeda americana terá. Então, com a grande quantidade — e circulação — da moeda local, mais desvalorizada ela será.

Para evitar que essas oscilações mais bruscas aconteçam, o Banco Central passa a intervir com as reservas para tentar garantir o máximo de estabilidade possível naquele momento. Essas intervenções, no entanto, são sempre pontuais e comedidas. Isso acontece porque o risco apresentado por cada interferência que o governo precise fazer é muito alto — e indesejado — para o mercado.

Esses riscos são bastante temidos pelas empresas e por seus investidores porque quanto maior for a interferência do governo na economia, menor a liberdade de ação das empresas para atuar em qualquer mercado que seja. O resultado de tudo isso é um cenário extremamente desfavorável para o investimento de capital.

O que poderia ser feito com as reservas internacionais?

Uma das primeiras possibilidades do que poderia ser feito com as reservas internacionais seria a reinternalização de uma parte desses dólares. Assim, seria possível convertê-los em reais e injetá-los novamente na economia. Algo parecido já chegou a ser proposto nas eleições de 2018, onde o dinheiro seria utilizado em obras de infraestrutura como energia, moradia, saneamento e transporte.

Outra opção de uso para as reservas internacionais poderia ser a transferência de parte desse estoque de moedas estrangeiras para um Fundo Soberano que operaria no exterior. Isso já é praticado em diversos países que tem uma grande quantidade de reservas desse tipo.

Particularmente para o Brasil, essa seria uma solução para que fosse possível reativar o Fundo Soberano do Brasil (FSB) e usar essa instituição para realizar novos investimentos em dólares americanos. Esses rendimentos, então, poderiam ser reutilizados na economia brasileira em gastos não correntes — o que significa que esses recursos seriam convertidos em reais e destinados para programas e projetos de desenvolvimento social.

Existe alguma desvantagem em relação às reservas internacionais?

O acúmulo de reservas internacionais pode causar algumas desvantagens para o país e, provavelmente, a maior delas é o custo. Isso porque para que o Banco Central consiga comprar dólares disponíveis no mercado para abastecer a reserva, o governo precisa emitir títulos da dívida — que serão pagos aos credores com juros. Esse movimento faz, então, com que toda essa manutenção custe caro para os cofres.

Esses títulos, na verdade, são na verdade um tipo de empréstimo que o Estado faz para que seja possível custear a máquina pública. Acontece da seguinte forma: os investidores emprestam dinheiro ao governo e depois são pagos por essas espécies de título.

Mesmo que o governo também possa aplicar essas reservas internacionais em títulos da dívida americana, por exemplo, a conta ainda continua sendo alta. Basicamente, o que acontece é que o governo brasileiro compra títulos dos Estados Unidos, mas os juros daqui são ainda maiores que os de lá. Por isso a conta sempre permanecerá deficitária — e continuaríamos pagando mais para ter as reservas do que poderíamos ganhar com elas.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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