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Relações Internacionais: saiba o que são e como funcionam

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:31/05/2023 às 05:54 - Atualizado um ano atrás
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O que são relações internacionais?

As relações internacionais são um conceito que visam o estudo sistemático das relações econômicas, políticas e sociais entre diferentes países em que os reflexos transcendam as fronteiras de um Estado — ou, no caso de empresas, que elas tenham como locus o Sistema Internacional.

Entre os chamados atores internacionais, o maior destaque vai para os Estados, as organizações internacionais, as organizações não-governamentais e as empresas transnacionais. Dentro de cada processo, é possível focar tanto na política externa de um determinado Estado quanto no conjunto estrutural de interações entre esses atores.

Como surgiram e como funcionam as relações internacionais?

As relações internacionais surgiram como um domínio teórico da Ciência Política em um período pós Primeira Guerra Mundial. O pioneirismo no estudo exclusivo dessas relações é reportado ao Royal Institute of International Affairs, que foi fundado em 1920.

No mesmo período, a London School of Economics inaugurou uma Departamento de Relações Internacionais — que posteriormente se tornou muito importante para a construção de teorias da escola inglesa.

Já no Brasil, o primeiro curso de graduação em Relações Internacionais foi criado em 1974, na Universidade de Brasília. O primeiro programa de Doutorado em Relações Internacionais, por sua vez, foi criado em 2001 pela PUC-Rio.

Além da ciência política, as relações internacionais atuam em diversos campos. Entre eles, é possível citar a Filosofia, o Direito Internacional, a Economia, a História, Geografia, Antropologia, Sociologia, a Psicologia e diversos estudos culturais.

Elas também envolvem uma cadeia de diversos assuntos, que incluem — mas não se limitam só a eles — a soberania, a sustentabilidade, a globalização, o nacionalismo, o desenvolvimento econômico, a proliferação nuclear, o sistema financeiro, os direitos humanos, o intervencionismo, o terrorismo, o antiterrorismo e o crime organizado.

O que e quais são as teorias das relações internacionais?

As teorias das relações internacionais são instrumentos teóricos e conceituais por meio dos quais é possível entender — assim como explicar — os fenômenos relativos à ação humana que transcende o espaço interno dos Estados. Ou seja, tudo o que tem lugar no meio internacional.

Nas relações internacionais, muito se fala sobre teorias positivistas, aquelas que acreditam em verdades universais e científicas. As teorias pós-positivistas também são consideradas, que são aquelas que duvidam da legitimidade do conhecimento científico e que contestam as bases metodológicas, teóricas e epistemológicas dos discursos dominantes.

Também é possível citar as meta-teorias, como algumas das faces do construtivismo. O realismo, assim como o neorrealismo, são as correntes dominantes dos pensamentos nas relações internacionais, mesmo que atualmente muito se fale em fragmentação no campo e em descentralização.

As teorias das relações internacionais, nesse sentido, são consideradas como abordagens de estudo e análise dessas relações sob uma perspectiva estritamente teórica. Essa evolução, por sinal, é marcada por grandes debates em que as novas teorias emergentes são confrontadas com as que já são tradicionalmente dominantes.

Quais são os novos temas acerca das relações internacionais?

Além de todas as visões já pré estabelecidas acerca das relações internacionais, têm surgido várias novas temáticas de estudos que abordam desde questões já consolidadas em outros campos do saber, como a Economia Política Internacional, a questões que são consideravelmente mais novas e que surgem como uma revisão completa de paradigmas — como as questões feministas e ambientais.

Muitas dessas novas discussões têm pautas em conceitos e categorias de análises um pouco mais alternativos a aqueles que são empregados tradicionalmente nos debates principais. A revisão da teoria marxista, por exemplo, tem estado bastante presente no ramo heterodoxo da teoria econômica política das relações internacionais — assim como o neoclassicismo econômico nos desenvolvimentos mais ortodoxos.

Os novos temas das relações internacionais se baseiam especialmente na figura de Charles Kindleberger e nos seus trabalhos sobre a teoria da estabilidade hegemônica. Isso se dá por, aparentemente, ser contraditório pensar em neoclassicismo e em economia política, além de uma maneira mais eclética nas investigações ambientalistas.

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