Recrudescimento
O que é Recrudescimento?
O termo utilizado para indicar o fenômeno de ressurgimento de algo com ainda mais intensidade é Recrudescimento. Essa palavra pode ser empregada em diversos contextos e se referir a acontecimentos dos mais variados.
Desde o início da pandemia, em 2019, tem sido possível notar esse uso aplicado ao novo coronavírus, em eventos que eram chamados de “nova onda”. Esses novos casos poderiam ser menos ou mais impactantes do que os anteriores, ou mesmo apresentar algumas variações em relação à genética do próprio vírus, casos estes cujos resultados eram as chamadas novas cepas.
Entretanto, nas situações em que as novas ondas eram consideradas mais prejudiciais, com maior capacidade de disseminação, ou mesmo com maior poder de letalidade, falava-se, portanto, no Recrudescimento do novo coronavírus.
Áreas afetadas pelo recrudescimento da Covid-19
Nos vários momentos em que houve agravamento da doença no país, muitas áreas sofreram grandes impactos. Além da saúde, foram afetados também setores como:
- Educação: a princípio, com a paralização das aulas, que, posteriormente, passaram a ser ministrada remotamente;
- Turismo: as restrições de circulação, não só de estrangeiros como dos próprios brasileiros no país, prejudicaram sobretudo as cidades cujas maiores fontes de renda é o turismo;
- Entretenimento, arte e cultura: com a proibição da realização de eventos com presença de público, a renda por meio de bilheteria caiu drasticamente, afetando os trabalhadores e investidores desse setor;
- Transporte aéreo: os voos domésticos e, principalmente, os internacionais tiveram reduções recordes;
- Hotelaria: desde as primeiras medidas de contenção do vírus, as taxas de ocupação dos hotéis diminuíram vertiginosamente.
As consequências a que essas e outras áreas foram submetidas naturalmente chegaram à economia, que depende basicamente do bom funcionamento desses setores.
Impacto desse recrudescimento na Economia
A economia de diversos países passou por momentos de instabilidade e de incertezas para o futuro desde que o novo coronavírus começou a se disseminar pelo mundo. No Brasil, país que chegou a ser considerado um dos epicentros da pandemia, as consequências negativas foram sentidas tão rapidamente quanto à velocidade da propagação da doença.
Na pandemia, sobretudo nos momentos de Recrudescimento da Covid-19, o aumento do dólar foi um dos acontecimentos mais significativos dentro da economia nacional. A moeda americana, por exemplo, chegou a ser cotada acima de R$ 5,90. Em 2020, ano crítico da pandemia, a Bovespa teve queda de 40%, e as empresas que constam da lista da bolsa de valores viram seu valor de mercado ter uma redução de mais de R$ 1 trilhão.
Em relação ao PIB brasileiro, houve uma estimativa de retração acima de 5%, o que passou a ser encarado como o pontapé inicial para uma nova recessão econômica. Já o serviço público gerou receios quando um órgão ligado ao Senado apresentou uma previsão de déficit acima de R$ 700 bilhões para 2020.
Por fim, impactando diretamente a população, o desemprego chamou atenção de forma negativa, já que foi registrado o fechamento de cerca de um milhão de postos de trabalho em todo o país.
O recrudescimento da pandemia impede a recuperação econômica?
De acordo com o IBGE, não. O instituto, por meio de dados do primeiro semestre de 2021, mostrou que, apesar do reaparecimento de novas ondas de contaminação, houve um aumento de 1,2% do Produto Interno Bruto, índice considerado satisfatório, já que, com esse resultado, superior ao do trimestre anterior, a economia passou a operar no mesmo nível em que estava pouco antes do início da pandemia.
Apesar de ainda estar abaixo de seu maior nível histórico, que foi atingido no primeiro trimestre de 2014, o Ministério da Economia se mostra satisfeito e otimista, mesmo com o Recrudescimento do novo coronavírus. O ministro Paulo Guedes ressalta que a retomada econômica atual é a mais significativa desde os anos de 1980 e que o estado atual do PIB está muito próximo de equiparar-se aos melhores momentos pré-pandemia.