Ramp-up
O que é ramp-up?
Ramp-up é um verbo frasal, do inglês, traduzido como alavancar, acelerar ou intensificar um negócio. Nesse sentido, o termo é usado quando ocorre um aumento na produção previamente ao aumento da demanda pelos produtos em uma companhia.
Mais especificamente, o ramp-up é o aumento da taxa da produção industrial, do primeiro lote até o volume final de produção. O conceito é bastante encontrado no mercado da tecnologia, no qual as mudanças são aplicadas de forma mais ágil e com baixa duração.
Para que serve o ramp-up?
Na maioria das vezes, o ramp-up acontece logo após a aprovação de um projeto ou elaboração de um protótipo.
Podemos pensar na ‘rampa de produção’ como o oposto do MVP (Produto Viável Mínimo). No ramp-up, a produção é intensa para depois se estabilizar, graças à adaptação ao mercado. É o contrário do que acontece com os produtos MVP, no qual se investe menos na produção inicial, justamente para ‘testar’ o mercado.
Além disso, pensando no contexto que vivemos hoje, em 2021, os ciclos de vida de quase todos os produtos estão cada vez mais curtos e, em consequência disso, a entrada de novos bens deve ser cada vez mais rápida.
Como o ramp-up pode ser aplicado?
Da definição de rampa de produção, você provavelmente entendeu que a fábrica produz um produto X e começa a produzir o Y, até que ele atinja o ramp-up. Mas, fica a questão: como ocorre essa introdução? Veja as 3 formas possíveis:
Encerrar modelo antigo
Nesse modelo, a produção do produto X cai de uma vez enquanto o produto Y é produzido gradualmente para, imediatamente, chegar a um ramp-up de grande inclinação. Em outras palavras, é a substituição abrupta dos produtos.
Esse caminho é bastante utilizado nas indústrias americanas e europeias.
Introdução por blocos
Nessa opção, a produção do produto X deve cair imediatamente, também, porém, pela metade.
Ao mesmo tempo, a produção de Y começa deve começar gradualmente até a metade do ciclo de vida do produto. Na outra metade, Y já deve estar em ramp-up.
Passo a passo
Como o nome indica, a produção de X vai decaindo aos poucos ao longo do tempo e se misturando à produção de Y, também gradual. No fim do ciclo de vida dos produtos, Y já terá ocupado toda a produção.
Tanto a introdução por blocos quanto o passo a passo são métodos favoritos das indústrias japonesas, país onde se originou o conceito de ramp-up.
Vale a pena investir em empresas que aplicam ramp-up?
O setor de bens industriais, da Bolsa de Valores, é um dos maiores. Nele estão as companhias de:
- construção e engenharia;
- máquinas e equipamentos;
- transportes;
- exploração de rodovias;
- serviços diversos.
A maioria desses subsetores, possivelmente, aplicam os modelos de ramp-up. Assim, essas empresas têm alta importância para o país e são facilmente diversificáveis em uma carteira de investimentos — já que têm alta proximidade com clientes internacionais.
Possíveis limitações ao investir nesse setor
Considerar o próprio fator de rampa de produção não é tão fácil, além de comparar e acompanhar o desenvolvimento das empresas desse setor. Logo, o investidor iniciante pode sentir essas dificuldades.
Outro ponto negativo das indústrias e outras companhias de tecnologia é o seu alto endividamento. A natureza das suas operações obriga uma alta alavancagem, afinal, falamos de um número grande de equipamentos complexos e automatizados. Além disso, os projetos são de longo prazo, sujeitos a incertezas diversas.
A dica para ter uma noção melhor do desempenho dessas empresas com ramp-up é o índice industrial da B3, o INDX. A carteira fictícia abrange esse tipo de atividade, além das que são relacionadas à tecnologia da informação e saúde.