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Quarta Revolução Industrial

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:18/05/2020 às 08:19 - Atualizado 4 anos atrás
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O que é a Quarta Revolução Industrial?

A Quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0, compreende a nova tendência da automatização total das fábricas. Trata-se do conceito cyber-físico, desenvolvido pelo economista alemão fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Martin Schwab. 

Com a Primeira Revolução Industrial, ao final do século XVIII, a ideia de trabalho artesanal deu lugar aos processos realizados a partir do uso de carvão, vapor e ferro. 

Em meados do século XIX, a Segunda Revolução Industrial trouxe consigo o desenvolvimento tecnológico: eletricidade, aviões, telefones e refrigeradores. 

A partir da metade do século XX, entravamos na Terceira Revolução Industrial, marcada pelos primeiros computadores e redes de comunicação. 

A capacidade produtiva da indústria chega ao ápice com a Quarta Revolução Industrial, que pretende unir um conjunto de tecnologias como nanotecnologia, neurotecnologia, biotecnologia, robótica, inteligência artificial e armazenamento de energia, para criar uma fusão entre o mundo físico, biológico e digital: é a chamada era robótica.

“A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital”, diz Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial, publicado no ano de 2016.

O projeto teve início na própria Alemanha, em 2013. Através da união entre ferramentas como sistemas cyber-físicos e biologia sintética, algumas fábricas chegaram a 100% de independência humana em suas produções. 

Qual a importância da Quarta Revolução Industrial?

Qualquer que seja a categoria industrial, o conceito de fabricação é sempre transformar matéria-prima em um produto comercial. Pensando nisso, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) listou algumas razões pelas quais a Quarta Revolução se faz necessária em solo brasileiro:

  1. O Brasil entrará para a elite em termos discursivos sobre a evolução do novo sistema produtivo tecnológico; 
  2. Projeta-se um giro econômico de R$73 bilhões no país, com a adoção dos conceitos de Indústria 4.0; 
  3. Sensível melhora da produtividade nacional e destaque de competitividade com o resto do mundo; 
  4. Assim como todo conceito, ele começa na indústria, mas se espalhará rapidamente para outros setores; 
  5. Possibilidade de criar no Brasil uma nova cadeia de produção industrial, com produtos de alto valor agregado; 
  6. Haverá melhora na inteligência operacional das empresas, com análises mais precisas; 
  7. O país deixará de ser apenas um produtor de commodities e evoluirá para a indústria de transformação; 
  8. Alguns setores como automotivo, agro, têxtil e área da saúde, possuirão condições de liderar ou estar na elite global de produção;
  9. O governo brasileiro será coerente quanto ao tempo de lançamento das diretrizes para nortear a Indústria 4.0 no país.

Quais os impactos da Quarta Revolução Industrial?

O princípio da Quarta Revolução Industrial é estabelecer independência de mãos humanas em diferentes redes categóricas de fabricação. Pesquisas realizadas no ano de 2015 apontaram que esse emprego tecnológico poderá movimentar até 14,2 bilhões de dólares na economia mundial.

"Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes", afirma Klaus Schwab.

Há controversa no que diz respeito aos níveis de empregabilidade, já que mais de 5 milhões de vagas se tornariam inexistentes nos próximos 15 anos. Entretanto, a ABDI garante que estas também estariam evoluindo de acordo com os novos tempos: 

“Ser contra a evolução é o mesmo que foi ser contra a internet 20 anos atrás ou ser contra a máquina fotográfica digital para manter o emprego dos laboratoristas. Ou, ainda, ser contra o comércio online pelo risco do desemprego nas lojas físicas”.

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