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Pré-margem: saiba o que é e como funciona

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:26/09/2022 às 12:54 - Atualizado 2 anos atrás
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O que é pré-margem?

A pré-margem é a porcentagem do preço de compra de um título que necessariamente deve ser coberto por dinheiro — ou outra garantia — quando uma conta de margem é utilizada. Geralmente, o requisito inicial estabelecido é de 50%. No entanto, esse regulamento é apenas um requisito mínimo, o que abre espaço para que as corretoras possam definir qualquer valor mais alto.

De uma forma mais geral, esse valor é a garantia que permite que o investidor empreste dinheiro adicional para a compra de outros títulos. Além disso, existem órgãos responsáveis por reger a quantidade de crédito que revendedores e corretores podem oferecer a esses investidores.

Como a pré-margem funciona?

Para abrir uma conta de margem em uma corretora, o titular da conta precisa, em primeiro lugar, depositar uma certa quantia em dinheiro, títulos ou outras garantias, conhecida como exigência de pré-margem. Uma conta de margem incentiva investidores, traders e outros participantes do mercado a usar alavancagem para comprar títulos com um valor total maior que o saldo de caixa disponível na conta.

Uma conta de margem é, então, essencialmente uma linha de crédito na qual juros são cobrados sobre o saldo da margem pendente. Os títulos são pagos com dinheiro emprestado ao titular da conta pela corretora e são designados como garantia.

Esse processo permite que os lucros potenciais sejam ampliados, mas também amplia as perdas potenciais. Em casos extremos como os de valores mobiliários comprados em uma conta de margem que caíram para um valor de zero, o titular da conta precisa depositar o valor total inicial dos valores mobiliários em dinheiro ou outra garantia líquida para cobrir a perda.

Como a pré-margem é calculada?

A quantidade de pré-margem que deve ser exigida para a transação será calculada de acordo com os modelos de margem aprovados que atendem aos critérios definidos descritos nas regras finais que regulamentam cada jurisdição. As transferências abaixo desse valor mínimo, nesses casos, não são necessárias.

O valor mínimo de transferência mais baixo, aliás, pode ser definido nos casos em que várias regras jurisdicionais se aplicam para remover alguns riscos inerentes. Isso costuma acontecer quando ele é expresso em uma moeda diferente daquela da regra aplicável, por exemplo.

Além disso, existem casos em que as entidades não são obrigadas a lançar — ou sequer receber — a pré-margem até que um limite consolidado em um nível alto de valores seja alcançado com o grupo de sua contraparte. Na prática, cada grupo de contrapartes alocará este limite entre as entidades do seu grupo e em relação às contrapartes definidas que fazem parte do processo.

Como seria um exemplo prático de pré-margem?

Para exemplificar melhor todo esse conceito, vamos supor que um titular de conta queira comprar mil ações de uma empresa cotada a R$ 200 por ação. O custo total dessa transação em uma conta de saldo de caixa seria de R$ 200 mil, certo? No entanto, se o titular da conta abrir uma conta de margem e depositar o requisito de pré-margem de 50% — ou R$ 100 mil, o poder de compra total aumentará para R$ 200 mil. Nesse caso, a conta de margem tem acesso a alavancagem de dois para um.

Outro ponto que deve ser considerado aqui é o poder de compra e a relação que ele tem com a pré-margem. Existe uma fórmula para determinar esse multiplicador com base no percentual inicial:

Multiplicador do poder de compra = 1 / pré-margem

Sendo assim, uma pré-margem de 50% teria um multiplicador de poder de compra de duas vezes o valor. Portanto, um investidor que contribui com R$ 100 mil em dinheiro teria um poder de compra total de R$ 200 mil em dinheiro do investidor, como no exemplo anterior, e R$ 100 mil em fundos emprestados.

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