Poder de Poupança
O que é Poder de Poupança?
Talvez você faça parte dos 88% de brasileiros que, ainda hoje, acreditam no poder de poupança. Sem julgamentos, nós te entendemos..
De fato, a caderneta confere uma aplicação acessível, segura e nada burocrática. Entretanto, não pode ser considerada um investimento. Na verdade, a poupança está entre as piores opções para se alocar qualquer recurso financeiro.
Ela foi criada por Dom Pedro II, em 1861. A ideia era fazer com que as pessoas guardassem dinheiro em uma instituição financeira – Caixa Econômica Federal – ao invés de mantê-lo em cofres ou debaixo de colchões. Claro, havia uma razão por trás desse interesse.
Quando somada, a poupança de cada brasileiro formaria uma grande reserva monetária que o banco poderia pegar emprestado caso fosse necessário. Assim, o acréscimo de juros foi instituído como uma forma de bonificação e incentivo para população guardar cada vez mais dinheiro.
Eu aplico, você utiliza, e me devolve a quantia com acréscimo de 6% em juros, combinado? Era esse o acordo.
A caderneta de poupança ganhou esse nome porque, naquela época, as anotações eram feitas literalmente em folhas de caderno. Outro fato curioso é que, até 1871, escravos eram proibidos utilizar esse recurso. Isso mudou no ano seguinte, com a regulamentação da Lei nº 2.040.
Entretanto, o poder de poupança foi ficando cada vez mais fraco ao longo do tempo. O que parecia ser uma ideia genial foi dando lugar a um recurso economicamente fracassado.
Por que acreditar no Poder de Poupança?
Essa é a pergunta que não quer calar: se a poupança não rende absolutamente nada, então, por que continua sendo utilizada por mais de 80% dos brasileiros? Como falamos no início, é uma modalidade acessível, segura e nada burocrática.
É acessível porque até menores de idade podem ter conta poupança (desde que assistidos pelo responsável legal), segura porque conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e nada burocrática porque, com apenas um clique, o dinheiro pode ser movimentado para qualquer lugar – sem falar da liquidez absoluta.
Ou seja, é muito fácil aplicar, utilizar e também resgatar o dinheiro que está na poupança. Por ter sido o primeiro contato do brasileiro com qualquer tipo de recurso econômico, a caderneta tornou-se um hábito cultural entre todas as classes sociais do país.
Em 2012, foram aprovadas novas regras de rendimento da poupança: Selic acima de 8,5% representa rendimento de 0,5% ao mês mais variação da Taxa Referencial (TR), enquanto Selic abaixo de 8,5% representa rendimento de 70% ao mês mais variação da Taxa Referencial.
O problema é que, a Selic – taxa básica de juros atrelada a inflação (IPCA) – só esteve abaixo de 8,5% de 2012 para 2013. De lá para cá, o percentual extrapolou as estimativas e reduziu significativamente o poder de poupança dos investidores.
A boa notícia é que, embora seja utilizada por muita gente, a caderneta vem dando espaço para outras opções no mercado de capitais. Essas modalidades, sim, são consideradas verdadeiros investimentos, pois fazem o dinheiro render para valer!
Normalmente, o mercado econômico é dividido entre investimentos de renda fixa e renda variável. Como o próprio nome sugere, de um lado você tem opções que contam com taxas pré ou pós-fixadas, enquanto do outro o rendimento varia de acordo com algum critério econômico.
Alguns exemplos de investimentos em renda fixa são Tesouro Direto, LCI, LCA e CDBs. Já os exemplos de investimentos em renda variável podem ser Ações, Derivativos, Commodities, ETF, Fundos e Moedas.
Acesse os links para saber sobre cada um deles!
Lembre-se, o mercado tem muito mais a te oferecer do que o (falso) poder de poupança.