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Plano Collor: saiba o que é e como funciona

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:05/02/2022 às 22:31 -
Atualizado 3 anos atrás
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O que foi o Plano Collor?

O Plano Collor foi mais uma de diversas tentativas do governo de controlar a inflação elevada na economia brasileira, somado a um conjunto de reformas. O plano leva o nome em referência ao presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), que o implementou durante seu governo.

No último ano do governo anterior, de José Sarney (1985 - 1990), a inflação chegou a 1.972,91%. Além do cenário econômico conturbado, o país estava agitado e esperançoso diante da primeira eleição presidencial pluripartidária depois de anos de ditadura militar.

Como funciona o Plano Collor?

Durante o primeiro ano de mandato na presidência, Collor implantou o plano a partir de março de 1990. Entre as medidas estavam:

  • Mudança da moeda, de Cruzado Novo (NCz$) para Cruzeiro (Cr$);
  • Criação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);
  • Confisco da poupança nos bancos com depósitos acima de 50 mil cruzeiros, a mais polêmica entre as ações do período. O valor seria devolvido depois de 18 meses, com correção de juros de 6% ao ano;
  • Privatização de empresas estatais;
  • Câmbio flutuante e sob controle do governo;
  • Demissão de funcionários públicos;
  • Fechamento de ministérios, autarquias e empresas públicas;
  • Abertura do mercado externo;
  • Fim de subsídios estatais.

A devolução dos valores confiscados na poupança não foram devolvidos dentro do período. Os correntistas tiveram que entrar na Justiça para reaver o dinheiro.

Logo que o plano foi implantado, a inflação reduziu de 82% para 3%. Posteriormente, entre todas as medidas planejadas, como as políticas monetárias e fiscais, a de renda foi abandonada, deixando a iniciativa do Plano Collor incompleta.

Plano Collor II

O primeiro plano não foi suficiente para controlar o desequilíbrio da economia no país. Então, em janeiro de 1991 passou a vigorar o Collor II, que implantou:

  • Um novo congelamento de preços;
  • Criação da Taxa de Referência de Juros (TRJ);
  • Aumento de tarifas públicas (energia, transporte ferroviário e Correios);
  • Criação do Fundo de Aplicações Financeiras (FAF).

O novo plano ajudou a controlar a inflação somente durante o primeiro mês e voltou a subir. Ao final do ano de 1991, o índice chegou a cerca de 472%.

No entanto, houve aumento do desemprego, queda no Produto Interno Bruto (PIB) e a população pediu pelo impeachment de Collor. Ele renunciou ao cargo em 1992.

As intenções, não foram suficientes e, anos mais tarde, foi criado o Plano Real, a partir de 1994, durante o governo do presidente Itamar Franco (1992 - 1994).

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Autor da Mais Retorno
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