PEA – População Economicamente Ativa
O que é População Economicamente Ativa?
População Economicamente Ativa (mais conhecido pela sigla PEA) corresponde a um conceito elaborado para designar a parcela da população que está inserida no mercado de trabalho ou que, de certa forma, está procurando se reinserir nele.
À primeira vista, pode parecer que este termo faz referência a certo tipo de população com boas condições de vida, não é? “Ativas” no sentido de poder consumista, coisa e tal. Porém, o verdadeiro significado de População Economicamente Ativa (PEA) está voltado às condições que as pessoas se encontram frente à sua capacidade produtiva e de geração de renda.
De maneira básica, a PEA é subdividida em dois grupos: população ocupada e população desocupada.
O primeiro grupo faz referência ao indivíduo que possui algum ofício – por conta própria (como autônomo e/ou empregador) ou mesmo como empregado.
Já o segundo grupo, refere-se ao conjunto de pessoas que não possuem emprego, mas que estão aptas a trabalhar.
Interessante abordar que existe uma faixa etária singular para cada país onde, de acordo com cada legislação em específico, é permitida a admissão de uma pessoa.
No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê que apenas maiores de 16 anos podem trabalhar – salvo para condições de menor aprendiz ou estagiário, desde os 14 anos.
Sendo assim, também existe uma faixa etária específica para o controle da PEA em cada país. No Brasil, a mensuração é realizada com indivíduos acima de 15 anos.
Ou seja, além de ser um conceito econômico, a População Economicamente Ativa também é um termo de referência demográfica.
População Economicamente Ativa no Brasil
Todos os países, desde os mais desenvolvidos àqueles emergentes ou subdesenvolvidos, com condições de menor população e/ou menor geração de riquezas, possuem uma PEA.
No Brasil, por exemplo, até o ano de 2009, o índice de pessoas com ótimas condições de trabalhar representava cerca de 46,7% - aproximadamente 79 milhões de brasileiros.
Olhando assim, você considera este índice alto ou baixo? Bom, quase 53,3% da população fica totalmente dependente dos economicamente ativos – que não necessariamente estão empregados, lembra?
É um índice baixo e preocupante, que mobiliza (ou ao menos deveria mobilizar) os esforços políticos e sociais em prol do desenvolvimento trabalhista de cada país, de modo a ampliar a parcela economicamente ativa e/ou a empregabilidade daqueles que já compunham esse grupo.
Um exemplo de ação que ocorreu há anos atrás, nesse sentido, é a reforma industrial. Dela ocasionou-se uma série de mudanças desses índices devido ao crescimento acelerado da urbanização e consequentemente, o aumento de admissões e capacitação de homens e mulheres.
Aliás, a reforma industrial também é apontada como um dos pontapés para o crescimento do fluxo de trabalhadores para os centros urbanos, dando origem ao fenômeno conhecido como “êxodo rural”.
A partir daí, houve uma grande diferenciação dos trabalhadores de setor primário, secundário e terciário.
SETOR PRIMÁRIO
Basicamente, as atividades pertencentes ao setor primário são a agricultura, a pecuária e o extrativismo vegetal, animal e mineral.
SETOR SECUNDÁRIO
O setor secundário corresponde à produção fabril, com vários tipos de indústrias – extrativas, de base e de bens comuns – que se estruturam em diferentes áreas e aspectos do mercado.
SETOR TERCIÁRIO
É um setor amplo, pois envolve também bens e serviços “imateriais” como consertos mecânicos e domésticos, auxílio para aparelhagem e tecnologias, atividades educacionais, auxílio jurídico, telemarketing, lazer, turismo, segurança, transporte, entretenimento, entre outros.
Atualmente, é o que mais cresce, e as causas desse aumento estão diretamente ligadas à urbanização do país, bem como às necessidades das grandes cidades que impulsionam o mercado de prestação de serviços.
Esse setor tem oferecido muitas oportunidades de trabalho, apoiando a PEA na demanda por mão-de-obra desde altamente especializada até de baixa qualificação.