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Paradoxo da Parcimônia

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:11/02/2021 às 12:00 - Atualizado 3 anos atrás
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O que é Paradoxo da Parcimônia?

O paradoxo da parcimônia é um conceito que diz respeito a uma situação bastante conflitante sobre a poupança na macroeconomia.

A palavra paradoxo, em sua tradução literal, pode significar "opinião contrária ao senso comum", "contradição ou oposição aparente" ou "ausência de nexo; falta de lógica". Se trata de uma afirmação auto contraditória, pois exprime uma positividade que, ao mesmo tempo, tende a ser negativa.

Já a palavra parcimônia pode ser compreendida como sinônimo de "sobriedade", "equilíbrio", "tranquilidade", "moderação" ou "poupança". 

Ao juntarmos uma coisa com a outra, podemos definir e compreender esse conceito econômico a partir de seus próprios termos: no universo financeiro, o paradoxo da parcimônia representa a ideia de que haja certa contradição nos benefícios de uma poupança!

Como o Paradoxo da Parcimônia funciona?

Desenvolvido por John Maynard Keynes, esse conceito - também conhecido como "paradoxo da poupança - representa a delicadeza de uma situação que influencia diretamente na situação financeira do país.

Imagine a si mesmo, no conforto da sua própria realidade - componente de uma micro economia, vamos dizer assim. Pode ser que tenha um objetivo de curto, médio ou longo prazo, que demande de certa quantia financeira.

Poupar dinheiro parece uma ótima ideia! Você abre mão do consumo no presente para alcançar seus objetivos futuros, como a compra de um bem material ou investimento em algum projeto super importante.

Essa ação, de fato, é muito benéfica e vantajosa a depender dos seus objetivos. Agora, imagine que absolutamente todos os brasileiros pensem como você...

"Bom pra eles; pra todos nós!" Será mesmo?

O paradoxo da economia parte de um princípio muito simples: o excesso de poupanças individuais é capaz de reduzir a poupança bruta. Em outras palavras, o conjunto da micro economia pode não favorecer a macro, considerando a redução das atividades comerciais.

Perceba o ciclo: quanto mais as pessoas poupam, menor é o consumo no país. Quanto menor o consumo no país, mais o Produto Interno Bruto (PIB) se torna desvalorizado. Com isso, as empresas não tem condições de manter seus funcionários, fazendo com que o desemprego aumente.

E adivinha - aí está o paradoxo! - quanto mais pessoas desempregadas, menores são as chances e condições de continuarem poupando dinheiro. O que se mostra eficaz no início, pode ser prejudicial no fim.

Não estamos dizendo que poupar seja errado, muito menos uma prática a ser evitada. O paradoxo da parcimônia concentra suas expectativas na economia como um todo, do ponto de vista macro.

Isso significa que o verdadeiro problema está no excesso - ou na falta de equilíbrio, como queira chamar. O próprio aumento das poupanças individuais pode fazer com que não seja possível, nem tampouco viável, continuar a poupar dinheiro no futuro.

Já havia pensado dessa forma? É uma situação de dar nó na cabeça...

Como resolver ou evitar o Paradoxo da Parcimônia?

Caso o paradoxo da parcimônia já seja uma realidade, a retomada do consumo é a melhor opção.

Uma vez que haja atividade econômica, o PIB se torna valorizado e as empresas conseguem manter seus funcionários - colaborando para o pleno emprego no país. Os cidadãos, por suas vezes, poderão manter suas poupanças.

Isso mesmo, manter suas poupanças! Dessa vez com um pouco mais de responsabilidade, mas ainda assim é uma ação necessária, pois o aumento excessivo do consumo pode gerar o descontrole da inflação.

Ou seja, o equilíbrio entre gastar e consumir é essencial! Se poupar demais, as atividades econômicas ficam paralisadas e as pessoas perdem poder aquisitivo. Do contrário, se consumir além da conta, a inflação vai lá em cima e as pessoas perdem poder de compra.

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