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Ótica da Oferta (PIB)

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:06/03/2019 às 07:45 - Atualizado 6 anos atrás
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O que é a Ótica da Oferta do PIB

A Ótica da Oferta é uma das formas de se encontrar o valor do PIB de uma nação, de acordo com as normas da contabilidade social.

O Produto Interno Bruto (PIB) é, a grosso modo, a soma de todos os bens e serviços finais produzidos durante um determinado período de tempo em uma determinada região.

Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ele é um indicador que representa o dinamismo econômico de uma localidade, dado que mede o resultado ao longo do tempo e não apenas em um determinado momento.

Em função disso, não inclui o que já existe, considerado como “estoque” (capital natural, humano ou social).

Como é calculado o PIB?

Uma das principais características de uma economia moderna é a grande oferta de bens e serviços. Com uma base tão diversificada, onde não é possível simplesmente somar tudo o que foi produzido em um intervalo de tempo, como avaliar o desempenho econômico?

Para o levantamento dos números, são usados dados anteriores, as informações fornecidas por outras estatísticas governamentais como também pesquisas conduzidas pelo próprio IBGE.

O seu cálculo apresenta algumas peculiaridades: apesar de ele considerar o conjunto de fatores, deixa de lado atividades que podem causar distorções nos números tais como:

  • A produção de bens intermediários;
  • As transações de bens já existentes;
  • Os serviços não remunerados;
  • As transferências governamentais;
  • As atividades ilegais.

Desse modo, eliminam-se as 3 limitações mais comuns na mensuração dos agregados econômicos:

  1. A duplicidade de operações que ocorrem com os bens intermediários, usando-se apenas a soma do valor agregado à cada etapa da produção;
  2. A identificação das transações que não devem ser contadas;
  3. A transformação do resultado monetário para o resultado real.

Qual a diferença entre o PIB nominal e o PIB real?

O PIB nominal é influenciado pela evolução dos preços na economia. Portanto, ele não reflete de forma fiel as atividades de todos os agentes, dado que um aumento nominal pode ser resultante de 5 situações diferentes:

  1. Aumento da produção, mantidos os mesmos preços (ganho de escala);
  2. Manutenção da produção, mas a preços superiores (aumento de custos);
  3. Aumento da produção em um cenário de aumento de preços (inflação generalizada);
  4. Aumento superior da produção, a preços menores (aumento de produtividade);
  5. Redução da produção, mas a preços maiores (perda de competitividade).

Assim, para se avaliar as verdadeiras oscilações em termos de bens e serviços, é preciso excluir os efeitos da inflação, utilizando-se um deflator. Ele é a diferença entre os preços praticados em um determinado ano e os preços do “ano-base”; ou seja, o período dos 12 meses anteriores.

Como é calculado o PIB pela ótica da oferta?

Como citado anteriormente, o PIB pela ótica da oferta é a soma, a valores de mercado, dos produtos e serviços finais.

Entretanto, esse não é o único meio de calculá-lo: a soma do valor agregado em cada etapa do processo de produção oferece o mesmo resultado. Esse método é inclusive preferível por estar mais aderente às práticas contábeis, visto que as empresas registram tanto a sua produção como os insumos utilizados.

Resumindo, o PIB pela ótica da oferta inclui todos os valores monetários agregados à economia, somados aos impostos indiretos e subtraídos os subsídios.

Quais os fatores que prejudicam o crescimento do PIB?

  • Pouca qualificação: trabalhadores com pouca instrução são menos produtivos;
  • Inflação: altas generalizadas de preços dificultam o planejamento e as compras por parte de consumidores e empresas;
  • Instabilidade macroeconômica: mudanças constantes de regras causam transtornos e quebras de contratos;
  • Juros elevados: desestimulam o investimento produtivo em detrimento do investimento financeiro;
  • Alta carga tributária: traz ineficiência e aumento de custos para a rotina das empresas;
  • Burocracia: reduz o incentivo para que empreendedores viabilizem os seus negócios;
  • Infraestrutura deficiente: Impõe custos ao longo de toda a cadeia de produção.

 

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