Orçamento Familiar
O que é orçamento familiar
Orçamento familiar é uma ferramenta utilizada para planejar e controlar as receitas e os gastos – e, assim, garantir mais segurança e saúde financeira para todos os membros da família.
Ele pode ser feito usando aplicativos específicos para essa finalidade; uma planilha no computador; ou simplesmente com papel e caneta.
Como fazer um orçamento familiar
Para fazer um orçamento familiar, o primeiro passo é mapear todas as fontes de receita. Isso inclui os salários dos membros da família que trabalham, assim como rendas obtidas por aluguel de imóveis ou outras. Aqui entram apenas as receitas recorrentes e previsíveis. Você pode ganhar R$1.000 em restituição do Imposto de Renda em algum mês do ano, mas esse valor não faz parte do orçamento.
O segundo passo é mapear os gastos. Nesse momento, você deve se concentrar nos gastos essenciais e recorrentes: contas de luz e água, parcelas de financiamentos, mensalidade escolar dos filhos, planos de saúde. Aqui também entram gastos talvez não tão essenciais, mas que você já fez e não tem como fugir – como aquela fritadeira elétrica que você comprou no cartão de crédito há 6 meses e ainda está pagando.
Depois de mapear os gastos que não podem ser cortados, é hora de verificar qual é o saldo, e buscar destinar o máximo possível para formar uma reserva de emergência e investir.
O valor restante é aquele que pode ser usado para gastos discricionários: comprar roupas, ir a restaurantes, viajar.
Alguns especialistas recomendam seguir a regra 50/20/30, popularizada por Elizabeth Warren nos EUA. Essa regra basicamente consiste em destinar 50% da receita líquida do orçamento familiar a gastos com necessidades, 20% a reservas e investimentos, e 30% a gastos discricionários.
A regra mais importante é que o total dos gastos nunca pode ultrapassar o total das receitas. Se isso acontecer, o seu orçamento familiar está em déficit – ou seja, sua família está no vermelho.
Como usar um orçamento familiar
Fazer um orçamento familiar, na verdade, não tem nenhum segredo. Aliás, é muito provável que você já soubesse exatamente como fazer o orçamento. O grande problema está em como usá-lo; é aqui que a maioria erra.
O orçamento só é útil se ele for usado como ferramenta de controle. Isso significa que, no final de cada mês, você deve revisar tudo que ganhou e gastou, e comparar com o planejamento. Se você ganhou menos do que esperava ou gastou mais do que devia, essa comparação é o puxão de orelha necessário para rever suas atitudes com o dinheiro no mês seguinte.
Para que esse controle funcione, é preciso ser rigoroso no registro de informações. Mesmo aqueles gastos pequenos, como os R$2,50 que você gasta no cafezinho, devem ser registrados. Valores baixos podem se transformar em grandes somas no final do mês. Em 30 dias, R$2,50 se transformam em R$75!
Em alguns casos, o controle do orçamento pode revelar que sua família está gastando demais com alguma coisa que não é realmente necessária, enquanto poderia usar esse dinheiro para coisas mais importantes. Nesses casos, você tem a oportunidade de rever prioridades e mudar seus hábitos de compra. Se você acha que não tem dinheiro para investir, o orçamento pode revelar que isso não é verdade; só lhe falta organização.
Em outros casos, o controle pode revelar que, na prática, aquele orçamento não é viável. Então, é uma boa ideia sentar novamente com toda a família e traçar metas mais realistas.
Por fim, tenha em mente que um orçamento é feito para ser revisado de tempos em tempos. O seu salário muda, as suas contas mudam, as suas metas e prioridades mudam; e ele precisa acompanhar tudo isso. Portanto, a cada seis meses ou um ano, refaça o orçamento familiar para refletir o momento que sua família vive.