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Oferta monetária: saiba o que é e como funciona

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:17/05/2022 às 06:10 - Atualizado 2 anos atrás
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O que é oferta monetária?

A oferta monetária de um país consiste na quantidade de dinheiro em circulação dentro de uma determinada economia. Ele deve ser definido em um momento específico na medida em que é possível aumentar ou diminuir esse indicador.

Considera-se a oferta monetária todo dinheiro em circulação no país e ainda eventuais depósitos à vista. Ou seja, todo capital que possa ser utilizado na rotina de pagamentos, transferências, entre outras operações financeiras.

A oferta monetária acaba por ser uma das ferramentas de controle monetário que um governo tem. Vamos entender um pouco melhor esse cenário na sequência.

Oferta monetária vs. política monetária: qual é a relação?

Todo governo tem como objetivo manter uma política monetária saudável para a sua economia. Para isso, um dos desafios está em manter uma relação equilibrada entre a oferta monetária e a inflação [/LINK].

Em resumo, há uma relação direta entre o consumo e a inflação. Para equilibrar esses dois fatores, o governo pode adotar uma estratégia específica para a sua política monetária: contracionista [/LINK] ou expansionista [/LINK].

Política monetária contracionista

A política monetária contracionista consiste em reduzir o estímulo ao consumo — o que é feito, principalmente, utilizando do aumento da taxa básica de juros [/LINK] do país. No Brasil, esse instrumento é a Taxa Selic [/LINK].

O que acontece neste cenário é que tomar dívida fica mais caro, pois os juros praticados são elevados. Desta forma, a população reduz o seu apetite ao endividamento. O mesmo acontece com as empresas. O custo da dívida é elevado.

Ou seja, a estratégia é desestimular o consumo, fazendo com que as pessoas comprem menos e, consequentemente, ajustem a relação entre oferta e demanda. Esse é um cenário esperado quando há aumento da inflação, como forma de controlar esse indicador.

Outro aspecto importante é que, durante uma política contracionista, o governo não deve injetar liquidez. Isto é, não há emissão de oferta monetária adicional. Pelo contrário: o objetivo é reduzir o dinheiro em circulação naquele momento.

Política monetária expansionista

Já quando um governo precisa estimular a sua economia e incentivar o consumo, a estratégia adotada é exatamente a oposta do que apresentamos no tópico anterior. Neste caso, adota-se uma política monetária expansionista.

Neste cenário, algumas medidas são comuns. Uma delas é a redução das taxas de juros, tornando o endividamento mais barato e, como consequência, incentivando o consumo por parte da população.

Outra é a injeção de liquidez. Isto é, o aumento da oferta monetária dentro de uma economia. Um exemplo disso foi o que vivemos durante a pandemia, quando o governo, por meio do auxílio emergencial, gerou um incentivo para movimentar as negociações locais.

Por que a oferta monetária não pode crescer sempre?

Você muito provavelmente já ouviu aquela pergunta clássica sobre oferta monetária: "se o governo pode emitir mais dinheiro na economia, por que não faz isso para acabar com a pobreza?".

O que acontece é que o erro no aumento da oferta monetária em uma economia pode trazer uma série de efeitos negativos dentro do contexto do capitalismo.

Em primeiro lugar, como já comentamos ao longo do texto, existe o efeito da inflação. Um excesso de dinheiro em circulação torna tudo muito fácil de ser comprado e, como sabemos, excesso de demanda em relação à oferta dos produtos eleva o preço e cria uma forte pressão inflacionária.

Quem viveu no Brasil antes do Plano Real conhece bem os efeitos de uma inflação fora do controle. E esse é um cenário que o governo brasileiro deve evitar a todo custo.

Além disso, não podemos nos esquecer de que vivemos em um mundo globalizado. Isso significa que um excesso de oferta monetária do real, por exemplo, desvaloriza a moeda e enfraquece o país.

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