NYMEX
O que é NYMEX
NYMEX, sigla para New York Mercantile Exchange, era considerado o maior mercado físico de negociação de contratos futuros de commodities do mundo. Fica localizada em Manhattan, com escritórios adicionais em Boston, Washington, Atlanta e San Francisco, nos EUA, e também no exterior, em Dubai, Londres e Tóquio.
Ele é parte do CME Group (Chicago Mercantile Exchange Group), o principal mercado de derivativos, que, além do NYMEX, também é dono da CME, CBOT e COMEX. Atualmente, os EUA são praticamente o único país que ainda mantém mercados físicos como o NYMEX.
Importância do NYMEX
Contratos futuros são um instrumento essencial para controlar o risco na compra e venda de commodities, cujo preço pode flutuar muito entre a data da negociação e a data da entrega do produto.
Por isso, o NYMEX, que oferece uma grande variedade de alternativas para a negociação desses contratos, desempenha um papel essencial para a movimentação do mercado global de commodities.
Além disso, o preço negociado para as commodities no NYMEX acaba se tornando a referência para o preço pago em outras negociações no mundo todo.
Regulação do NYMEX
O NYMEX é regulado pela CFTC - Commodity Futures Trading Commission, uma agência independente do governo. Seu papel é garantir que os mercados de contratos futuros sejam competitivos e eficientes, protegendo investidores contra práticas abusivas ou fraudulentas.
Surgimento do NYMEX
A primeira versão do NYMEX surgiu em 1872, quando um grupo de comerciantes de laticínios fundou The Butter and Cheese Exchange, em Nova Iorque, com o objetivo de organizar e padronizar as condições de negociação dos seus produtos. Mais tarde, os ovos entraram na lista, e o nome mudou para The Butter, Cheese, and Egg Exchange.
Finalmente, em 1882, o mercado abriu para negociações de frutas secas, produtos enlatados e galinhas. Então, o nome definitivo NYMEX foi adotado.
Incidente das batatas
Durante anos, um dos principais itens negociados no NYMEX foram as plantações de batatas do Maine, um dos estados dos EUA.
Nos anos 1970, o magnata da batata J. R. Simplot começou a operar vendido em grande volume. Devido a esse movimento, um grande número de contratos futuros de compra de batatas não foram cumpridos na data de expiração, isto é, não houve a entrega.
O CFTC (então, recém-criado) interviu, realizando audiências para decidir disputas sobre esse incidente e, como resultado, o NYMEX sofreu sanções. Foi impedido de sediar negociações de contratos futuros de batatas e também de entrar em novas áreas, novos produtos que ainda não negociava. Sua reputação foi seriamente prejudicada.
Fusão com o COMEX
Em 1994, o NYMEX realizou uma fusão com o COMEX e, assim, tornou-se o maior mercado físico de negociação de commodities, na época.
Aquisição pelo CME Group
Em 2008, com a crise financeira, o NYMEX não era mais capaz de sobreviver sozinho. Por isso, nesse mesmo ano, foi adquirido pelo CME Group. A aquisição envolveu também o COMEX.
Com a aquisição, foram acrescentados vários ativos ligados a contratos de metais, energia e agricultura, à lista de itens negociados no mercado.
Volume de negociações
O volume diário de negociações do CME Group é de 30 milhões de contratos. O NYMEX é responsável por cerca de 10% desse total.
Transformação no NYMEX
A negociação cara-a-cara foi a maneira padrão de realizar essa atividade durante centenas de anos. No entanto, com o avanço das tecnologias de comunicação, tornou-se mais fácil e menos custoso negociar à distância.
Por isso, embora o NYMEX se destaque por ser o maior mercado físico para negociação de contratos futuros, ele começou a implementar progressivamente implementando sistemas eletrônicos para as negociações em 2006. No dia 30 de Dezembro de 2016, o "pit", local da negociação presencial, foi oficialmente fechado devido ao baixo volume de transações que ainda eram realizadas desta forma.
Como funcionava o NYMEX
Nas negociações que aconteciam presencialmente, cada empresa que negocia no NYMEX deveria enviar seus próprios agentes. Os funcionários do NYMEX não se envolviam nas negociações, mas estavam presentes para registrar as transações.
Os participantes gritavam e usavam uma complexa linguagem de gestos com as mãos