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NPL – Non-Performing Loan

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:26/02/2020 às 07:55 - Atualizado 4 anos atrás
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O que é Non-Performing Loan?

Non-Performing Loan (NPL) é o termo utilizado em instituições bancárias para referência ao que pode ser traduzido para o português como "crédito não produtivo".

E o que seria esse crédito não produtivo? Estamos nos referindo aos empréstimos bancários realizados que não tenham sido devidamente pagos (nem sobre o valor principal, tampouco sobre valores de juros) ao longo dos últimos 90 dias.

De maneira mais objetiva e popular, é uma maneira técnica de expressar um calote e mensurar a qualidade do empréstimo realizado para os clientes — envolvendo tanto seus acordos comerciais com empresas, como também aqueles feitos com o consumidor final.

Por que acompanhar o Non-Performing Loan é importante?

O lucro das instituições bancárias vem, majoritariamente, de juros cobrados junto aos seus clientes. O funcionamento desse processo você já deve conhecer: o banco empresta dinheiro a um cliente e acorda, com datas preestabelecidas, o recebimento desse valor com o acréscimo de juros.

A partir disso, já dá para imaginar porque um empréstimo Non-Performing é péssimo para uma instituição bancária, certo? Ela, afinal, não apenas deixa de receber o pagamento dos juros acordados, como sequer recupera o valor que foi emprestado originalmente.

Ou seja, o empréstimo não produtivo traz impactos diretos sobre os resultados bancários, afetando seus rendimentos. Para os bancos, quanto menor o índice de Non-Performing Loan, melhor. Da mesma forma, se esse indicador aumenta, traz consigo um sinal de alerta para seus gestores.

Vale lembrar que, ao receber corretamente pelo capital emprestado, os bancos podem atuar com novos empréstimos juntamente a outros clientes, aumentando a sua rentabilidade. Quando deixam de receber, no entanto, precisam assumir essa dívida e reinvestir na reposição desse valor, o que é ruim.

Não há, portanto, qualquer ganho com esse crédito não produtivo. A operação, aliás, gera prejuízo às instituições bancárias, exigindo acompanhamento e alerta máximo sobre essa situação.

O que classifica um empréstimo como Non-Performing?

Por regra, um cliente é considerado inadimplente pela maioria dos bancos quando fica sem remunerar a instituição que concedeu o empréstimo por um período igual ou superior a noventa dias.

Apesar disso, muitas entidades financeiras já classificam um empréstimo como "crédito não produtivo" quando há alto risco de que o pagamento não seja realizado. Isso acontece quando o cliente já tem histórico de inadimplência ou, no caso de uma empresa, que ela esteja passando por dificuldades financeiras, por exemplo.

Há ainda a chance do valor concedido ser classificado como Non-Performing caso o credor pague uma determinada parcela, mas ainda tenha outros valores em aberto pendentes.

Como os bancos podem agir para evitar empréstimos Non-Performing?

Apesar de ser um risco inerente ao negócio das instituições bancárias, algumas medidas podem ser tomadas para evitar que o índice de Non-Performing Loans suba consideravelmente ao longo do tempo.

Um deles é, claro, evitar empréstimos que apresentem algo risco. É natural que essas operações possam trazer bons resultados financeiros, pois as taxas cobradas também são maiores. No entanto, o risco de calote acaba sendo elevado e nem sempre é compensado.

Outro ponto é a atuação direta junto ao cliente com orientações sobre controle financeiro, especialmente pensando em Pessoas Físicas. Ao fazê-las entender como organizar suas finanças pessoais, o endividamento pode ser mais controlado e, posteriormente, aumentar a chance de recebimento.

Uma terceira ação que os bancos podem tomar junto aos seus empréstimos é a renegociação. Ao perceber que um cliente não conseguirá arcar com as parcelas acordadas, vale a pena reorganizar esse fluxo de pagamentos. É melhor receber o capital principal e os juros com algum atraso do que ficar sem a devolução dos recursos.

Por fim, há ainda a possibilidade de recorrer às operações de antecipação. Assim, a dívida é "vendida" para outra empresa e o recebimento do valor é adiantado com a cobrança de uma taxa para esse processo.

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