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New Money

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:12/07/2021 às 09:38 - Atualizado 3 anos atrás
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O que é New Money?

A expressão de língua inglesa New Money é utilizada para se referir a pessoas que, apesar de não terem nascido em famílias ricas, conseguiram construir sua riqueza ao longo do tempo. Essa característica pode ser associada ao que se convencionou chamar aqui no Brasil de “emergente”.

Os dicionários de português classificam esse termo como “algo que emerge”, “que surge de dentro para fora”, “que resulta de”, “que é consequência de algo”, enfim, algo que sai de uma posição inferior para uma superior. Em termos mais corriqueiros, portanto, pode-se falar que um emergente é aquele que nasceu dentro de um extrato social considerado mais baixo e, um tempo depois, adquiriu alguma riqueza, proveniente de seu trabalho, recebimento de heranças etc.

Falando em termos de Brasil, existem até regiões específicas em determinadas cidades que foram construídas basicamente para receber esses novos ricos, uma vez que a ascensão financeira costuma vir acompanhada de mudança de endereço. Deixa-se de viver no subúrbio e inicia-se uma nova vida em um chamado bairro nobre.

Quais são as características de um New Money? 

A origem dos novos ricos do Brasil mostra uma tendência: eles costumam ascender por meio de negócios agropecuários, do futebol e da música. Os oriundos de reality shows também podem figurar nessa lista, mas com uma frequência bem menor.

Independentemente da forma como eles chegaram ao seleto grupo dos milionários brasileiros, algumas características comportamentais costumam ser comuns nesse meio. O especialista Claudio Diniz, que escreveu o livro O Mercado do Luxo no Brasil: Tendências e Oportunidades, aponta em sua obra algumas das peculiaridades do New Money:

  • Idade entre 40 e 50 anos: aqueles que enriquecem através de trabalhos “comuns” levam um pouco mais de tempo para juntar sua fortuna. Caso não sejam jogadores de futebol ou vencedores de uma competição na TV, o primeiro milhão talvez só surja com a chegada da meia idade;
  • Preocupação em não deixar de ser rico: pelo fato de terem trabalhado a vida inteira para conseguirem sua fortuna (salvo exceções), o começo da nova vida é marcado pela insegurança. Por essa razão, os emergentes não gastam exageradamente e costumam ser mais discretos, mais reservados;
  • Autoafirmação: característica considerada como a segunda fase da vida como milionário. A partir desse momento, o novo rico passa a ser mais consumista, optando sempre por comprar produtos de luxo. Além disso, quer mostrar para a sociedade que agora ele não é mais pobre e que pode ter tudo aquilo que os outros ricos também têm. A diferença é que quem é rico há mais tempo tende a ter comportamentos mais discretos e menos exibicionistas.

Passados alguns anos desde a mudança de status social, o emergente tende a ficar mais estável em relação as suas emoções, e isso gera mudanças significativas de comportamento. A superexposição dá lugar à observação. Graças a ela, é possível perceber que o exagero não traz benefícios e não é aceito por boa parte dos ricos tradicionais.

Como o emergente é visto pelos outros ricos?

De uma maneira geral, a pessoa que enriqueceu, em algum momento da vida, vai passar a se preocupar mais com a própria imagem, tomando certos cuidados para que ela não seja um destaque negativo entre seus pares.

Essa preocupação se baseia no fato de que os emergentes possuem hábitos e gostos inadequados do ponto de vista daqueles que já nasceram em uma classe social mais abastada. O comportamento do New Money, muitas vezes visto como destoante da classe social a que pertencem, geralmente, tem origem na formação desse indivíduo, que cresceu em ambiente marcado pela simplicidade e pela necessidade de racionalizar os gastos, contexto que costuma ser mais uma das causas do preconceito sofrido.

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