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Neutralidade da Moeda

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:17/06/2019 às 15:23 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é Neutralidade da Moeda?

Neutralidade da moeda é, antes de tudo, uma teoria, um conjunto de ideias sobre consequências da emissão do fluxo de papel moeda.

Essa ideia parte da premissa de que a variação no estoque de moeda (emissão ou retenção) afeta apenas algumas variáveis econômicas. As variáveis afetadas seriam apenas as nominais: preços, salários, taxa de câmbio.

Com essa premissa, a teoria defende que as variáveis reais, que são ajustadas pela inflação, não seriam impactadas.

Na prática, o que se diz é que a quantidade de moeda não estaria relacionada com o número de empregos, com o PIB ou com o consumo real. Dessa forma, a impressão de dinheiro por parte do Banco Central não afetaria a empregabilidade, o PIB ou o consumo.

O argumento de teóricos que defendem a teoria da neutralidade da moeda é que a emissão de papel moeda seria compensada proporcionalmente pelas variáveis nominais. Em outras palavras, ao aumentar a oferta de moeda em circulação, ocorreria:

  • Aumento dos preços;
  • Aumento dos salários.

Com essa interpretação, defende-se que o aumento ou diminuição da circulação de moeda não provocaria efeitos concretos, em questões como taxa de desemprego, produção, consumo, investimentos, níveis de atividade econômica, pelo menos, no longo prazo.

Para que serve a neutralidade da moeda?

A política monetária é utilizada pelos Bancos Centrais com a intenção de manter o poder de compra da população. Essa regulação visa garantir o funcionamento normal da economia.

Tal prática representa um tipo de intervenção estatal na economia e tem como base a ideia de que a variação de estoque de moeda não impacta as variáveis como número de empregos, PIB ou consumo.

Uma outra forma de pensar a utilidade do conceito de neutralidade da moeda é por seu viés político. Essa teoria implica que um Banco Central poderia variar o estoque de moeda sem impactar a economia real. Afinal, a teoria pressupõe a compensação dessa variação monetária.

Para analisar a história desse conceito, vale destacar que ele é fundamental para o princípio da dicotomia, na Economia Clássica. Esse princípio estabelece que variáveis nominais e variáveis reais não se interrelacionam.

Dessa forma, os dois grupos de variáveis deveriam ser analisados separadamente.

Assim, a neutralidade da moeda embasa modelos macroeconômicos como a Teoria dos Ciclos Reais de negócios, segundo a qual, no longo prazo, apenas intervenções diretas em variáveis reais são capazes de impactar a economia.

Críticas à neutralidade da moeda

Vale lembrar que teoria e prática associadas à neutralidade da moeda são criticadas por outras correntes econômicas como o keynesianismo.

Há inúmeras divergências quanto à efetiva validação da teoria da neutralidade, com diferentes perspectivas e críticas.

Em uma análise macroeconômica de longo prazo, a teoria ganha espaço, pois parece explicar o comportamento dos mercados. No curto prazo, por outro lado, não se aplica com tanta facilidade.

As críticas à teoria da neutralidade apontam que a alteração no estoque de moeda é mais rápida que o reajuste de preços no mercado. Por isso, o impacto nas variáveis nominais (preço, salários e taxa de câmbio) é evidente, o que refutaria a neutralidade da moeda. Em outras palavras, quando há aumento na quantidade de moeda, os preços não podem ser ajustados imediatamente.

O mesmo vale para os salários que, mesmo com a variação de moeda, não são reajustados de forma tão dinâmica. Se preços e salários fossem reajustados, poderiam justificar a proporcionalidade de que trata a teoria

No entanto, não são modificados rapidamente. Logo, a população economicamente ativa e os consumidores, no curto prazo, sofrem os impactos da intervenção.

As teorias contemporâneas de economia monetária criticam a ideia de neutralidade de moeda por considerarem-na uma regra baseada em hipótese, sem comprovação empírica.

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