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Myron J. Gordon

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:27/11/2020 às 20:59 -
Atualizado 3 anos atrás
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Quem é Myron J.Gordon?

Myron J. Gordon é um economista estadunidense criador do chamado Modelo Gordon, método de precificação de ações usado para analisar o crescimento futuro dos dividendos. Dentro da análise fundamentalista, permite que os investidores descubram em quais ações investir para garantir maior lucratividade. 

O modelo, no entanto, apresenta algumas limitações, uma vez que se baseia no crescimento constante dos títulos da bolsa, o que é extremamente improvável para a maioria das empresas. 

Como é Modelo Gordon?

Criado em 1956 por Myron J. Gordon e Eli Shapiro, o modelo foi projetado para ajudar os investidores a precificar os ativos do seu interesse. 

O método pode ser usado para projetar o crescimento dos dividendos pagos por uma empresa e descobrir o valor da ação ao trazer o fluxo de dividendos para o valor presente. Ou seja, Myron J. Gordon assume que uma empresa existirá para sempre e pagará dividendos por ação que aumentaram a uma taxa constante. 

No entanto, esse método é considerado pouco confiável, uma vez que não há como prever com exatidão quanto uma empresa pagará de dividendos aos seus investidores no futuro.

No entanto, Gordon e Shapiro defendem que é possível aplicar a fórmula para analisar a precificação das ações de empresas com taxas de crescimento estáveis e assim descobrir boas oportunidades de investimento. 

O resultado é obtido pela seguinte fórmula: Preço = Dividendos por ação / (K – G), onde K é a taxa mínima de retorno sobre o investimento e G a taxa de crescimento prevista. 

Os dividendos por ação representam o pagamento anual que uma empresa faz aos seus acionistas ordinários, enquanto a taxa de crescimento corresponde a valorização das ações. A taxa de retorno corresponde ao retorno mínimo que os investidores estão dispostos a aceitar ao comprar ações de uma empresa.

Como usar o modelo Gordon?

O primeiro passo é definir as três variáveis que permitirão determinar o valor de uma ação:

  • A taxa mínima de retorno;
  • A taxa de crescimento; e
  • Dividendos por ação.

Além disso, é preciso observar algumas variáveis. Imagine uma empresa do ramo automobilístico, chamada ABC. As seguintes premissas são esperadas para essa empresa: 

  • Espera-se que a empresa pague R$ 0,80 por ação em dividendos para os investidores;
  • Crescimento de 1% nos dividendos;
  • Retorno mínimo de 15% por ação;

Ao aplicar o modelo de Myron J. Gordon, a fórmula ficaria assim: Preço = 0,8 / (15% – 1%). Após o cálculo, chegaríamos ao valor de R 5,71. Claro, essas premissas não são exatas, o que torna o modelo um tanto quanto restrito. 

Modelo de Myron J. Gordon: observações

Para que o modelo funcione é preciso que as premissas aplicadas sejam válidas. No entanto, mesmo investidores com profundo conhecimento do mercado, podem ter dificuldade de acertar esses valores. Assim sendo, o método requer alguns cuidados:

O pagamento dos dividendos não são previsíveis

Não há como determinar, com exatidão quanto uma empresa pagará de dividendos no próximo ano, uma vez que essa decisão cabe ao conselho administrativo e considera estimativas de crescimento e os investimentos feitos pela empresa nos últimos anos.

Isso significa que o pagamento dos dividendos não é constante, o que o modelo de Gordon não considera.

As exigências de rentabilidade mudam frequentemente

Empresas de setores diferentes possuem expectativas de retorno diferentes e essa tendência muda com o passar dos anos.

Em 2020, por exemplo, a pandemia do Coronavírus afetou diversos setores da economia, no entanto, alguns setores sofreram perdas mais significativas que outros, o que levou os investidores a refazerem as expectativas de retorno sobre os seus investimentos.

Custo do capital precisa superar a taxa de crescimento dos dividendos

Caso a taxa de crescimento de dividendos supere o custo do capital não é possível utilizar o modelo de Myron J. Gordon, porque os cálculos não irão fechar.

Nenhuma utilidade para empresas em dificuldades

O modelo não pode ser aplicado caso a empresa tenha fechado o ano no vermelho e tenha que repassar por uma reestruturação societária, por exemplo.

Como se vê, o modelo de Gordon pode ajudar os investidores a decidirem em qual ativos investir, no entanto, essa fórmula não pode ser o único instrumento para tomada de decisão uma vez que seus preceitos dificilmente se confirmarão no futuro.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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