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Moeda em poder do público

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:17/02/2020 às 09:30 - Atualizado um ano atrás
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O que é Moeda em Poder do Público

Moeda em Poder do Público, ou Papel Moeda em Poder do Público (PMPP) é, como o próprio nome diz, o dinheiro que está circulando nas mãos das pessoas; as notas e moedas que a população em geral guarda na carteira, no cofrinho, embaixo do colchão, ou usa para comprar bens e serviços pagando em dinheiro.

Segundo o Banco Central do Brasil, no 4º trimestre de 2018, havia R$ 215,2 bilhões em moeda em poder do público.

Oferta de moeda, Agregados monetários e Moeda em Poder do Público

 

Oferta monetária, ou meios de pagamento, é o estoque de moeda disponível para uso da coletividade, não do setor bancário.

A oferta monetária pode ser medida de seis formas, conhecidas como agregados monetários: M0, M1, M2, M3, M4 e M5.

A M0 é apenas a base monetária restrita, que consiste no total de papel moeda emitido pelo Banco Central. Chamamos de emissão primária de moeda, já que os bancos são capazes de ampliar essa base.

A M1 é o PMPP mais os depósitos à vista em bancos comerciais. Esse agregado inclui, portanto, moeda que não rende juros e tem liquidez imediata.

A M2 inclui, além da M1, também depósitos a prazo. A M3 inclui, além da M2, também depósitos de poupança. A M4 inclui, além da M3, também títulos privados. E a M5 inclui, além da M4, também os limites de crédito dos cartões de crédito.

Porque a Moeda em Poder do Público é importante

A moeda em poder do público é um dos elementos que constituem a base monetária de um país, isto é, a quantidade de moeda disponível na economia.

Base monetária é o total de papel-moeda emitido pelo Bacen. Esse conceito abrange apenas a moeda disponível para uso da população, isto é, a parte da oferta monetária que tem maior liquidez.

Conhecer a base monetária é essencial, já que aumentar ou limitar essa base é um dos instrumentos de que o governo dispõe para produzir impactos diretos na economia do país.

Por exemplo, contrair a base monetária pode estabilizar os preços e, assim, colaborar para manter a inflação sob controle. Por outro lado, expandir a base monetária é uma forma de incentivar o consumo e o crescimento da economia.

Como é calculada a Moeda em Poder do Público

A moeda em poder do público é calculada considerando a moeda em circulação e as reservas bancárias obrigatórias, isto é, o dinheiro que precisa ser mantido no caixa dos bancos comerciais.

A moeda em circulação, por sua vez, corresponde ao total de papel-moeda emitido menos o dinheiro que está no caixa do Banco Central.

Portanto, a fórmula para calcular a moeda em poder do público seria:

PMPP = (papel-moeda emitido - moeda no caixa do Bacen) - reservas bancárias

Entendendo a Moeda em Poder do Público

Nem todo dinheiro que é emitido pelo Banco Central é igual. A moeda em poder do público, especificamente, não rende juros. Por isso, os agentes econômicos têm uma perda por não colocar esse dinheiro no banco.

Esse dinheiro também não ajuda a expandir a base monetária da economia. Quando um valor é depositado no banco, uma parte tem que ser retida em reservas obrigatórias, mas outra parte o banco pode usar em empréstimos. Toda vez que o banco passa o dinheiro adiante, ele aumenta a base monetária.

Por exemplo, se você depositar R$ 1.000,00, e supondo que a reserva obrigatória seja de 10%, o banco precisa reter R$ 100,00. Os outros R$ 900,00 podem ser emprestados a outra pessoa. Assim, na economia, antes existia R$ 1.000,00 e, agora, existe R$ 1.900,00.

Afinal, os seus R$ 1.000,00 não sumiram. Você pode ir ao banco e sacar a qualquer momento. É por isso que as reservas obrigatórias existem; para que o banco não vá à falência quando um cliente aparecer para retirar dinheiro que foi emprestado para outro.

É claro que esse sistema só funciona porque existe uma expectativa de que os clientes não apareçam todos para sacar seus fundos ao mesmo tempo.

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