Lírio Parisotto
Quem é Lírio Parisotto?
Lírio Parisotto é outro grande investidor de bolsa. Seu fundo, o Geração Futuro L.Par. tinha um patrimônio aproximado de R$ 2,73 bilhões no início de 2019. Sabe o que isso quer dizer? Que a sua carteira pagou nada menos que R$ 118 milhões em rendimentos no ano anterior.
Apesar de ter se formado em medicina, Parisotto é o perfeito exemplo de empresário que se fez sozinho. Por conta disso, quando investe em uma empresa de capital aberto, gosta de acompanhar a sua gestão com um olhar de dono e, preferencialmente, como membro do conselho de administração.
Um homem de origem bastante simples, Parisotto faz parte da lista de bilionários da Forbes. De acordo com o site da publicação, sua fortuna atual é de US$ 1,4 bilhão.
Qual a trajetória profissional de Lírio Parisotto?
Nascido em uma família de agricultores, Lírio quis tentar a sorte ainda jovem. Ele trabalhou em vários setores e exerceu diversas funções até se tornar empresário.
Parisotto começou com uma empresa chamada Videolar em 1988. Ela fabricava fitas de VHS, fitas cassetes, CDs e DVDs, com uma tecnologia inovadora para a época.
Quatro anos depois, o empresário construiu uma petroquímica produtora de poliestireno para abastecer não só a sua empresa, mas também as outras indústrias que se instalavam em Manaus.
Em 2014, comprou da Petrobras a petroquímica Innova, pagando o equivalente a US$ 500 milhões. Por meio dela, consolidou as suas atividades em uma nova empresa, a Videolar-Innova, cujo foco passou a ser a produção de materiais químicos que até então eram importados.
Em 2017, a empresa iniciou o plano para a duplicação da capacidade de produção da unidade localizada no Rio Grande do Sul, investindo R$ 500 milhões, após a assinatura de um contrato de fornecimento de insumos com a petroquímica Braskem.
Com o nome já alterado para apenas Innova, ela começou a fabricar uma importante matéria-prima para a produção de pneus, asfalto, resina, tinta e borracha.
Mesmo com as suas atividades concentradas na petroquímica, Parisotto ainda comprou, com outro sócio, o grupo de mídia RBS, da região Sul do país, composto por 5 emissoras de TV, 5 emissoras de rádio e quatro jornais impressos.
Qual a estratégia de investimentos de Lírio Parisotto?
Ele investe para o longo prazo, visto que gosta de participar da vida das empresas investidas, além de concentrar em sua carteira ações que pagam altos dividendos. Dito isso, foge de modismos e de ofertas públicas iniciais, dois fatores que costumam inflar os preços das ações.
O mesmo vale para as companhias de internet. Se ele não entende o fundamento por trás do modelo de negócios que lhe é apresentado, ele simplesmente não investe. Assim, ele categoricamente rejeita as que dão prejuízos ou que estão sediadas em outras jurisdições.
Empresas nessas situações não pagam dividendos, o que lhe impede de reinvesti-los, comprando novas ações. Isso explica porque boa parte das suas posições está em setores tradicionais como indústrias de base, além de bancos e de energia elétrica.
O curioso é que ele detém grandes participações em empresas estatais, como Eletrobras e Banco do Brasil, mesmo acreditando que o Estado é um péssimo gestor de empresas. Para ele, companhias de economia mista precisarão evoluir em termos de governança, dadas as maiores exigências impostas pelos investidores.
Enquanto elas estão com os preços “descontados”, ele vê valor nos seus ativos, que podem se beneficiar com uma reestruturação dos negócios, mesmo nos casos em que a privatização não é total.
Ainda assim, Parisotto prefere complementar com os seus próprios critérios a análise fundamentalista que faz das empresas. Desse modo, acredita que pode encontrar boas alternativas, sem pagar muito caro.