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lawtech: saiba o que é e como funciona

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:19/08/2022 às 02:55 - Atualizado 2 anos atrás
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O que é uma lawtech?

Lawtech é um termo utilizado para denominar as startups de tecnologia que desenvolvem produtos ou serviços exclusivamente voltados para o mercado jurídico. O seu nome é a junção das palavras em inglês law (advocacia) e technology (tecnologia).

Esse tipo de empresa costuma ter um modelo de negócios bastante escalável [/LINK] com uma cultura totalmente voltada para a inovação. O seu principal objetivo é o de descomplicar — e até mesmo modernizar — os serviços jurídicos para que eles se tornem mais ágeis e menos burocráticos.

Como uma lawtech funciona?

Não é novidade para ninguém que trabalhar no meio jurídico sempre foi complexo. Isso porque não basta só olhar para uma única direção, já que as informações sempre podem chegar da atualização de sites dos tribunais, de outros advogados ou qualquer outro meio.

Antes das lawtechs, os escritórios de advocacia precisavam atualizar os sites dos tribunais nos quais tinham processos pendentes regularmente. Agora, os softwares especializados podem desempenhar essa função de uma maneira muito mais eficiente e centrada. Já os departamentos jurídicos corporativos, por sua vez, conseguem controlar as informações recebidas de parceiros com muito mais facilidade.

Isso significa, então, que por meio desses programas e outras soluções oferecidas pelas lawtechs, é possível padronizar, centralizar e armazenar informações de forma muito ágil e segura. Basta encontrar qual é a que combina com a necessidade do escritório.

Como é o mercado de lawtechs no Brasil?

Apesar de ser um segmento relativamente novo no país, o mercado de lawtechs já é bastante amplo e já conta com uma associação — a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L). Essas empresas têm a possibilidade de atuar em diversos setores, como no monitoramento de dados públicos, da educação, compliance [/LINK], resolução de conflitos online, gestão de escritórios, redes de profissionais, automação e até em taxtech — que é a consultoria relacionada a impostos.

Todas elas vêm se destacando no mercado brasileiro e, ao mesmo tempo, oferecendo ótimas oportunidades para quem trabalha tanto na área de Tecnologia quanto na de Direito. As oportunidades são ótimas, mas exigem muito conhecimento. O setor também busca por especialistas em Ciências de Dados, desenvolvedores e até profissionais de Vendas e Marketing.

Para ingressar nesse mercado, além de uma graduação relacionada à área — como Engenharia da Computação ou Direito — é interessante ao profissional buscar conhecimentos sobre empreendedorismo e Data Science. Falar uma segunda língua, como espanhol ou inglês, também é considerado muito importante, já que as startups da área costumam receber grandes investimentos de empresas estrangeiras.

Aqui, também é importante pontuar que, para atuar em uma lawtech é preciso que o profissional seja bastante flexível, dinâmico e esteja sempre buscando se atualizar sobre as novidades desse mercado. Isso porque a tecnologia está em constante transformação e é preciso acompanhá-la.

Quais são as diferenças entre lawtech e legaltech?

Mesmo que muitas pessoas pensem que lawtech e legaltech tenham o mesmo significado, os termos, na verdade, representam segmentos diferentes. O primeiro deles, como dito anteriormente, oferece produtos e serviços que são destinados a pessoas e empresas que necessitam de qualquer tipo de consultoria jurídica.

Por outro lado, as legaltechs são empresas que oferecem produtos e serviços específicos para otimizar ainda mais a eficiência dos escritórios ou departamentos jurídicos — ou seja, todos eles são voltados a advogados. Um ponto interessante para destacar aqui é que nenhuma dessas tecnologias são desenvolvidas para substituir o emprego dos profissionais envolvidos.

Na realidade, o objetivo é somente otimizar a rotina dos profissionais, além de reduzir os trabalhos mais burocráticos e operacionais que costumam demandar muito mais tempo para serem realizados. Além disso, ainda não existe tecnologia avançada o suficiente para substituir o papel de um advogado, por exemplo, que precisa encarar toda essa evolução com ainda mais senso ético e moral.

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