Jordan Belfort: saiba quem é e sua importância
Quem é Jordan Belfort
Jordan Belfort é um ex-corretor da bolsa de valores americano. Ele fundou, na década de 1980, a corretora Stratton Oakmont. Devido a atividades consideradas ilegais no mercado financeiro, chegou a ser preso durante 4 anos.
Hoje, é escritor e palestrante. Ficou conhecido como o verdadeiro "Lobo de Wall Street".
A vida de Jordan Belfort antes da bolsa de valores
Belfort nasceu em 1962, no Bronx, um distrito de Nova Iorque, e cresceu no Queens, também em NY. Sua família era judia. Depois de terminar o Ensino Médio e antes de começar a faculdade, Belfort e um amigo de infância começaram a vender sorvete em uma praia local, e ganharam US$20 mil.
Belfort se formou na American University com um diploma de Biologia. Ele planejava usar o dinheiro que ganhara na venda de sorvetes para se tornar um dentista, e se matriculou na Escola de Ortodontia da University of Maryland. Porém, ele abandonou o curso depois que o reitor disse a ele, no primeiro dia de aulas, que "a era de ouro da ortodontia acabou; se você veio aqui simplesmente porque quer ganhar muito dinheiro, você está no lugar errado".
Depois disso, Belfort começou a vender carne e frutos do mar de porta em porta, em Long Island. Segundo ele mesmo, no começo, o negócio foi um sucesso e chegou a vender mais de 2 toneladas de produtos por semana. Porém, em algum momento o projeto falhou, e Belfort deu entrada no processo de falência com 25 anos.
As aventuras de Belfort na bolsa de valores
Nessa época, um amigo da família ajudou Belfort a conseguir uma vaga como trainee de corretor da bolsa na empresa L. F. Rothschild. Ele foi demitido depois que a corretora passou por dificuldades ligadas à quebra da bolsa na Black Monday de 1987.
Então, Belfort fundou a Stratton Oakmont como uma franquia da Stratton Securities. Posteriormente, ele comprou a empresa do seu fundador. A Stratton Oakmont trabalhava com ações micro-cap e defraudava investidores com operações pump-and-dump. Essas fraudes levaram investidores a perder aproximadamente US$200 milhões.
Em certo ponto, a Stratton Oakmont empregava mais de mil corretores da bolsa e operava com mais de US$1 bilhão.
A partir de 1989, a corretora estava quase constantemente sob o escrutínio do órgão regulador National Association of Securities Dealers (NASD), que agora é a Financial Industry Regulatory Authority (FIRA). Em Dezembro de 1996, a NASD fechou a Stratton Oakmont e, em 1999, indiciou Belfort por fraude de seguros e lavagem de dinheiro.
A vida de Belfort após a bolsa de valores
Belfort foi condenado a quatro anos de prisão na Taft Correctional Institution, dos quais cumpriu 22 meses. Ele fez um plea deal, um acordo com o FBI, comprometendo-se a devolver mais de US$110 milhões que ele havia extorquido dos investidores.
O acordo requeria, inicialmente, que ele dedicasse 50% de sua receita para essa restituição. Em 2013, US$11.6 milhões haviam sido devolvidos, sendo que aproximadamente US$10 milhões foram obtidos pela venda de propriedades confiscadas. Após uma revisão em 2013, Belfort só precisa dedicar um mínimo de US$10 mil por mês para a restituição, mas não 50% da sua receita.
Enquanto estava na prisão, Belfort dividiu uma cela com o ator, escritor e diretor canadense-americano Tommy Chong, que o incentivou a escrever sobre suas experiências. O resultado foram dois livros de memórias – "The Wolf of Wall Street" e "Catching the Wolf of Wall Street" –, que foram publicados em cerca de 40 países e deram origem a um filme estrelado por Leonardo diCaprio.
Hoje, Jordan Belfort é palestrante, e fala sobre vendas e empreendedorismo. Ele também aborda a importância da ética nos negócios e o aprendizado que obteve a partir dos erros que cometeu.