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Instrumentos da Política Monetária

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:16/01/2020 às 02:36 - Atualizado 4 anos atrás
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O que são Instrumentos da Política Monetária

Instrumentos da Política Monetária são as ferramentas que o Banco Central usa para executar a política monetária e atingir os objetivos pretendidos com ela. Também podemos dizer que eles são as variáveis controladas diretamente pelo Banco Central do país.

Vale a pena reforçar que a política monetária, ela mesma, também é um instrumento – da política econômica

Quais são os instrumentos da Política Monetária

 

A Política Monetária conta com três principais instrumentos: open market, redesconto e depósito compulsório.

Open Market, ou Mercado Aberto, é a compra e venda livre de títulos públicos federais, envolvendo o Banco Central e os bancos comerciais. Esse é um instrumento considerado de curto prazo.

Essas transações permitem realizar acomodações rápidas no volume de oferta de moeda na economia. Se o Bacen compra títulos, ele expande a base monetária, colocando em circulação moeda que estava em seu poder; enquanto, se ele vende títulos, contrai a base monetária, tirando moeda de circulação.

Redesconto é um empréstimo que o Banco Central faz às instituições financeiras, para resolver problemas circunstanciais de liquidez. Esse é um instrumento considerado de médio prazo.

O redesconto é uma espécie de "última alternativa". As taxas de juros do redesconto tendem a ser mais elevadas, para desincentivar as instituições a criar situações que criem risco de falta de liquidez. No entanto, se o Bacen quiser injetar dinheiro no mercado, ele pode reduzir essas taxas, incentivando os bancos a aumentar a disponibilidade de crédito.

Depósito Compulsório é um recolhimento obrigatório de uma porcentagem dos depósitos que os bancos comerciais recebem de seus clientes. Esse é um instrumento considerado de longo prazo.

É esse recolhimento que garante a liquidez mínima para evitar que o sistema financeiro quebre, se os clientes vierem sacar seus fundos. Também é ele que controla a multiplicação da base monetária; quanto maior a alíquota do depósito compulsório, menor a possibilidade de multiplicação.

Uso dos instrumentos de Política Monetária

Os melhores resultados são obtidos quando os instrumentos da política monetária são combinados com uma política fiscal coerente.

Se a intenção é favorecer o crescimento econômico, os instrumentos são usados para expandir a base monetária, em combinação com uma política fiscal de aumento de gastos públicos e redução dos tributos.

Por outro lado, se a intenção é frear o crescimento econômico, os instrumentos são usados para contrair a base monetária, em combinação com uma política fiscal austera.

A Selic como instrumento de Política Monetária do BCB

De acordo com o próprio Banco Central do Brasil, o principal instrumento de política monetária é a taxa Selic, que é definida pelo Copom. Essa é a taxa de juros básica da economia, que afeta outras taxas praticadas e influencia a inflação.

No final de 2019, o Copom reduziu a Selic para 4.5% ao ano. De acordo com o Comitê, essa redução é coerente com a política monetária para 2020 e 2021, que, em vista da conjuntura econômica, deve ser de natureza estimulativa.

Instrumentos de Política Monetária de origem externa

Enquanto a taxa Selic, open market, redesconto e depósito compulsório são instrumentos de política monetária de origem interna, isto é, controlados por um órgão nacional, alguns instrumentos têm origem externa.

O Comitê de Basiléia, por exemplo, um órgão internacional regulador das atividades bancárias, estabelece algumas regras para a maneira como os bancos podem conceder crédito. O crédito afeta a base monetária nacional, por que ele é basicamente um multiplicador do dinheiro em circulação.

Assim, essas regras, embora não sejam determinadas por um poder nacional, impactam a política monetária e a economia do país.

Importância dos instrumentos de Política Monetária

Como visto, é por meio dos instrumentos de política monetária que é possível aumentar ou reduzir a base monetária, o dinheiro em circulação na economia. Por sua vez, isso pode ajudar a fazer a economia crescer ou frear esse investimento.

Portanto, indiretamente, esses instrumentos colaboram para a estabilidade dos preços, o nível de emprego, as relações de demanda e oferta no mercado.

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