Inflação
O que é a inflação?
É chamada de inflação o movimento generalizado dos preços dos bens e serviços ofertados ao mercado. Ainda que não seja o único comportamento aceitável dos valores (visto que eles podem também de cair, gerando uma deflação), a inflação é presença quase onipresente na economia brasileira e por conta disso é constantemente citada em sites de notícias, telejornais e demais meios de comunicação.
Mas o que causa e impulsiona a inflação? Bom, entende-se que a inflação pode ter fonte não apenas de circunstâncias reais (ou seja, o desequilíbrio natural entre oferta e demanda), mas também de intervenções monetárias (como medidas de incentivo ao crédito e maior circulação de moeda no mercado motivadas por políticas monetárias) e questões psicológicas (em geral, ligados à guerra concorrencial).
Dessa forma, os preços flutuam de forma isolada para cada produtor e demandante. No entanto, quando ela se estende e alcança uma média de elevação, têm-se a inflação - ou hiperinflação, quando atingem níveis superior a 50% em um único mês.
Como a inflação é medida?
No Brasil, existem diversos índices dedicados a mensurar a inflação (e o comportamento dos preços, em geral) e cada um deles pode adotar um parâmetro de medição distinta para essa finalidade.
Entre as opções de bases de dados existentes estão: os preços para o consumidor final, os preços para revenda (isto é, de itens vendidos no atacado), os preços para cada setor específico da economia, entre outros.
A partir da escolha feita pelos agentes econômicos, que se responsabilizam pela avaliação dos itens preteridos, surgem os principais e mais utilizados itens. São eles:
- Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-DI e IGP-M);
- Índice Nacional de Custo da Construção (INCC);
- Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC);
- Índice de Preços ao Consumidor da FIPE (IPC-FIPE);
- Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Esse último, por sua vez, é o que detém maior prestígio, sendo inclusive conhecido do grande público.
O IPCA é o índice de inflação oficial aqui no Brasil, sendo apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (o IBGE) e utilizado pelo governo brasileiro como referência na definição das políticas econômicas
O cálculo do IPCA se baseia em uma cesta-padrão de produtos, comprada pelo consumidor final cuja renda varie em 1 e 40 salários mínimos. Nessa cesta entram itens como gastos com habitação, saúde, alimentação e transportes.
Qual é a diferença entre a inflação, a desinflação e a deflação?
Como te explicamos, lá na primeira seção, embora a inflação seja o modelo de comportamento de preços mais difundido, ela não é a única. Além dos processos inflacionários, uma economia pode ser atingida ainda pela deflação e pela desinflação.
Esse primeiro diz respeito a um cenário de queda generalizada dos preços, onde o poder de compra do demandante é afetado (com o desemprego, por exemplo) e o ofertante tem dificuldades para realizar vendas e investimentos.
Já o segundo, a desinflação, está relacionado a um panorama onde os preços do mercado continuam a crescer, mas em ritmo menos acelerado do que a tendência. Ou seja, é uma redução nas taxas inflacionárias.