Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3)
O que é Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3)?
O índice carbono eficiente (ICO2 B3) é um índice criado em 2010 pela Bolsa de Valores brasileira em parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES).
Esse índice tem como objetivo reunir as empresas listadas pela B3 que possuem as melhores práticas de sustentabilidade e de políticas para preservação do meio ambiente.
Assim, o ICO2 leva em consideração a quantidade de emissão de gases poluentes das empresas para fazer a avaliação de seus rendimentos.
Da mesma forma que outros índices da B3, esse também é representado por uma carteira que é composta por uma série de ações que se enquadram em determinados requisitos.
Mas quais são esses requisitos? É isso que vamos explorar no próximo tópico.
Como o Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3) funciona?
O ICO2 é uma carteira teórica proposta pela B3 em parceria com o BNDES que reúne as empresas listadas na bolsa de valores que mais promovem a sustentabilidade.
Para que sejam escolhidas as componentes desta carteira, são utilizados basicamente dois critérios. O primeiro é que o ativo da empresa em questão deve fazer parte de um outro índice muito importante: o índice IBrX-50.
O IBrX-50 é um índice que seleciona as 50 ações que mais são negociadas na Bolsa de Valores. Portanto, as empresas componentes do ICO2 estão dentro daquelas mais rentáveis registradas na bolsa.
Além disso, o segundo, e mais óbvio, requisito é que as empresas tenham políticas transparentes em relação aos seus níveis de emissão de carbono na atmosfera.
A classificação dos ativos pelo índice, por sua vez, se dá considerando o quão eficientes são cada uma dessas empresas em termos de emissão de gases poluentes.
Considera-se, ainda, a quantidade de ações free-float de cada uma delas. Ou seja, leva-se em consideração a quantidade de ações que estão em livre circulação no mercado.
Por que o Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3) é importante?
A produção de bens de consumo e serviços sempre produzem, embora não seja esse o objetivo final, impacto ambiental negativo.
Quase tudo o que é produzido no mundo gera emissão de gases poluentes e no passado isso era visto como algo comum e inevitável: progresso era sinônimo de poluição do meio ambiente.
Contudo, no final do século XX com uma série de estudos que mostravam como o impacto causado pela produção poderia ser muito nocivo, passou-se a ver isso com outros olhos.
Desde 1999, quando foi criado o primeiro índice de sustentabilidade do mundo, o Dow Jones Sustainability Index (DJS), o valor das empresas passou a ser associado também a sua preocupação com a sustentabilidade.
Nesse sentido, as empresas que são mais sustentáveis agregam maior valor e, por isso, em 2005 surgiu o primeiro índice brasileiro para mensurá-la: o índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
Ao contrário do ICO2, o ISE considera não a emissão de carbono, mas o engajamento da empresa em políticas ambientais. Assim, o ICO2 é importante para que os investidores possam acompanhar as empresas que mais tem ações em favor da preservação ambiental.
Como investir a partir do Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3)?
Ainda que esse índice não seja um ativo que pode ser negociado na bolsa, é possível investir baseado nele de duas formas.
A primeira é buscar as empresas que fazem parte da carteira teórica do índice e aplicar capital nelas.
Já a segunda maneira é aplicar no ETF ECOO11, que é um fundo de índice gerenciado pela empresa estadunidense BlackRock.
Há vantagens e desvantagens em optar por uma aplicação neste fundo que devem ser analisadas por cada investidor de acordo com seu perfil de risco e de patrimônio.
De qualquer modo, sempre é necessário avaliar os custos e benefícios, além de diversas outras informações antes de tomar qualquer decisão de investimento.