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Imposto de carbono

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:12/11/2021 às 07:12 - Atualizado 2 anos atrás
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O que é imposto de carbono?

Imposto de carbono é uma forma de taxação sobre produtores, distribuidores ou utilizadores de combustíveis fósseis.

Entre as soluções procuradas para as mudanças climáticas, taxar os responsáveis pela emissão de gás carbônico, ou CO2, é uma das formas mais simples de incentivar a procura por outras fontes de energia.

Mas, será mesmo uma boa alternativa? Por que é interessante que o investidor fique ligado nesse tema?

Quais as consequências do imposto de carbono?

A ideia é bem simples: taxar combustíveis fósseis conforme seu potencial poluente. Não tão simples, porém, são as causas e consequências dessa atitude.

Vantagens

As intenções parecem ser as melhores possíveis: reduzir o consumo de combustíveis fósseis, incentivar o uso de fontes de energia renováveis e frear o aquecimento global.

O Acordo de Paris, que prevê reduções nas emissões dos gases do efeito estufa, se baseou na ideia de que o planeta pode sofrer um aumento da temperatura média de até 3,2ºC até 2030, com consequências ambientais catastróficas.

Dessa forma, a solução governamental passa pela criação de incentivos a práticas que evitem a poluição e que melhorem a qualidade do ar atmosférico.

É fácil observar, por exemplo, os efeitos dessa poluição em megalópoles como São Paulo e Xangai, onde se observa a olho nu a camada de fumaça tóxica. Os efeitos danosos para o sistema respiratório nesses casos são óbvios.

Ademais, os impostos podem ser convertidos para a execução de medidas de controle da poluição.

Desvantagens

Para a maioria das pessoas, “taxação” é um palavrão que já causa alguns arrepios. Toda vez que mais imposto é cobrado sobre algum produto ou serviço, isso causa um aumento natural no seu preço, além dos preços da cadeia produtiva em que ele está inserido.

Sem alternativas mais baratas, o efeito é mais pesado nos mais pobres — que não conseguem recorrer a soluções sustentáveis, como carros elétricos ou casas ecologicamente viáveis.

Existem críticas também à efetividade da medida: sem opções viáveis para substituir o combustível fóssil, o seu uso se mantém em altos patamares, porém a preços ainda mais prejudiciais à economia familiar.

Além do mais, ainda não existe consenso sobre as causas do aquecimento global e seu verdadeiro impacto nas nossas vidas. 

Assim, bem como os “impostos sobre pecado”, medidas como o imposto de carbono estão envoltas por dúvidas quanto a sua real intenção: bem estar geral ou arrecadação pura e simples?

Por que o investidor deve saber sobre imposto de carbono?

Independentemente da motivação, os impostos de carbono estão aí e o investidor que se preza não discute com a realidade, não é mesmo?

Primeiro de tudo, é importante estar atento às regulamentações e ao ramo em que se pretende colocar o capital. 

Dependendo do país, investimentos na área de combustíveis fósseis podem deixar de ser tão atrativos num futuro próximo. Por outro lado, é uma tendência no mercado a procura por alternativas relacionadas à sustentabilidade. Aqui, surgem opções como os Green Bonds.

O mercado automobilístico, por exemplo, vem migrando suas linhas de mais alto padrão para a eletrificação, seja para se antecipar a regulações, por questões de desempenho energético, ou para atingir os consumidores mais conscientes e engajados.

No fim das contas, assim como muitas outras mudanças de tendência de consumo, a popularização da sustentabilidade só virá quando os custos de implementação (inicial e de manutenção) se mostrarem mais atrativos que o modelo atual.

Assim, para os desbravadores, existe muito espaço para investir na busca por soluções menos agressivas ao meio ambiente. Imagina quanta grana tem hoje quem investiu na produção de lâmpadas de LED?

Ou seja, os empreendedores, de modo geral, têm potencial de fazer dinheiro com novos produtos, ao tentarem fugir do imposto de carbono. 

Sobre o autor
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